Após algumas flutuações, o preço do milho ensaia uma recuperação e abre em alta na bolsa de Chicago. A cotação dos contratos com vencimento para maio sobem 0,39%, precificados a US$ 4,507 o bushel.
Os fundamentos que suportam as variações do cereal na bolsa americana não mudaram e seguem pautados pelo acompanhamento do clima e desenvolvimento da segunda safra no Brasil, como a oferta e demanda do ciclo produtivo nos Estados Unidos.
Acompanhando o milho, o trigo também opera em alta. Os lotes para maio em Chicago variam positivamente em 0,81%, cotados a US$ 5,6200 o bushel. A recuperação da commodity parace permanecer e dar solidez às negociações em Chicago.
Na contramão, a soja – que havia reagido e despertado otimismo nos produtores – abriu em nova queda na bolsa americana. Leve, a variação negativa está em 0,12% e o preço dos papéis de maio estão cotados em US$ 12,00 o bushel. A marca é entendida por analistas de mercado como barreira técnica, que o preço deve ultrapassar para, então, indicar uma recuperação consistente.
O desenvolvimento da safra da Argentina e as projeções para o plantio nos EUA, que serão divulgadas no final de março, poderão mudar o rumo das negociações.
O que tem trazido bastante volatilidade a este mercado, todavia, é a combinação de alguns outros fatores, entre eles estão o milho brasileiro pouco competitivo no mercado de exportação, o baixo ritmo do farmer selling para o milho safrinha 2024, o clima favorável para os próximos 15 dias e o milho fortemente competitivo, como já sinalizou no início da semana a Agrinvest Commodities.
O mercado futuro brasileiro de milho também iniciou a semana focando o movimento do câmbio, com o dólar rompendo os R$ 5,00 pela primeira vez, desde outubro, nesta segunda-feira (18). Nesta terça, apesar da movimentação limitada e da da cautela à espera das informações que a ‘Super Quarta’ traz amanhã, em especial sobre os juros nos EUA, a moeda segue acima dos R$ 5,00, testando os R$ 5,02 no início da tarde de hoje, o que auxilia nos ganhos do cereal na B3.