Mato Grosso do Sul, 10 de maio de 2025
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Ministério da Justiça e Polícias Civis prendem oito pessoas em operação contra extorsão digital

Ação integrada entre diferentes forças de segurança desmantela quadrilha especializada em extorsões virtuais e prevenção de novos golpes. A Operação Fictus Puella resultou em prisões e apreensões em três estados.
Foto: Freepik
Foto: Freepik

Na manhã de quinta-feira, 27 de fevereiro, uma ação de combate a crimes digitais colocou fim a uma organização criminosa que estava causando grande sofrimento a diversas vítimas pelo Brasil. A Operação Fictus Puella, uma ação integrada entre o Ministério da Justiça e as Polícias Civis dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, desarticulou um grupo especializado em extorsões digitais, com foco em capturar imagens íntimas de vítimas por meio de perfis falsos nas redes sociais.

A operação resultou em sete mandados de busca e apreensão cumpridos e oito prisões temporárias. Além das prisões, as autoridades apreenderam uma grande quantidade de material digital, como computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos que eram utilizados pelos criminosos para executar seus golpes. O foco da investigação estava nas ações de extorsão, onde os criminosos se passavam por mulheres atraentes em plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens, criando perfis falsos para atrair suas vítimas.

Após conquistar a confiança das vítimas e obter imagens íntimas, o grupo começava a ameaça-las, exigindo dinheiro em troca de não divulgar os conteúdos privados ou, em alguns casos, afirmando que as imagens seriam usadas como provas falsas de envolvimento em crimes. Os criminosos frequentemente se passavam por policiais ou advogados, reforçando a pressão psicológica, e forçavam suas vítimas a realizar transferências bancárias. Caso os valores não fossem pagos, as ameaças de exposição se intensificavam.

Em uma das situações investigadas, a extorsão foi o gatilho para um final trágico. Um homem de 52 anos, residente de Cruzeiro, interior de São Paulo, não suportou o peso das ameaças e, após realizar uma transferência bancária para os criminosos, tirou sua própria vida dentro de uma agência bancária. A tragédia, que gerou grande comoção, revelou como os criminosos não tinham qualquer escrúpulo ao pressionar suas vítimas, levando-as a situações extremas.

O dinheiro transferido pela vítima foi ocultado por meio de lavagem de dinheiro, dificultando o rastreamento dos valores. A ação de ocultação financeira era uma das principais estratégias do grupo para escapar da fiscalização, fazendo com que o dinheiro fosse rapidamente dissimulado através de transações complexas. Isso dificultava o trabalho das autoridades, mas, graças à inteligência das equipes de investigação, foi possível rastrear as movimentações e desmantelar a organização.

“O caso é uma clara demonstração do impacto devastador dos crimes digitais, que afetam a vida das vítimas de forma irreparável”, comentou Rodney da Silva, diretor da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) do Ministério da Justiça. “A operação Fictus Puella tem como objetivo não só desarticular esse grupo, mas também enviar uma mensagem clara de que a lei vai agir com rigor contra os criminosos que se aproveitam do anonimato da internet para realizar extorsões”, afirmou o diretor.

De acordo com as investigações, o grupo utilizava uma série de táticas psicológicas, que incluíam ameaças contínuas e criação de uma sensação de impotência nas vítimas, que se viam encurraladas. Com o aumento da utilização das redes sociais e plataformas digitais, essa forma de extorsão se tornou cada vez mais comum, e as vítimas frequentemente se sentem sozinhas e sem alternativas diante da pressão dos criminosos.

As autoridades alertam para o fato de que a operação Fictus Puella é apenas o começo de um esforço mais amplo para combater os crimes digitais. As investigações estão em andamento, e é possível que novas prisões ocorram à medida que as investigações avançam e mais membros da organização sejam identificados. Além disso, a ação tem a finalidade de educar a população sobre os riscos dos crimes cibernéticos e como se proteger desses ataques.

“Não podemos subestimar o impacto emocional e psicológico que esses crimes causam. As vítimas ficam vulneráveis, muitas vezes não sabem para quem pedir ajuda e, no desespero, acabam sendo coagidas a fazer o que os criminosos exigem”, disse o delegado responsável pela operação.

A operação ainda destaca a importância de se manter vigilante e tomar precauções ao navegar na internet, como não compartilhar informações pessoais com estranhos e sempre verificar a identidade de qualquer pessoa com quem se estabeleça contato virtual. A conscientização e a educação digital são essenciais para prevenir que mais pessoas caiam em golpes semelhantes.

Além disso, é fundamental que as vítimas de extorsão digital ou qualquer outro crime virtual denunciem imediatamente às autoridades. As investigações como a Fictus Puella são possíveis graças à colaboração entre diferentes forças de segurança e à parceria com tecnologias de monitoramento, como as ferramentas do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que desempenhou um papel crucial na identificação e rastreamento dos criminosos.

A Operação Fictus Puella é um exemplo claro de como a colaboração entre diferentes esferas do governo e da segurança pública pode resultar na prevenção de crimes e na prisão de criminosos que operam no submundo da internet.

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