Mato Grosso do Sul, 7 de maio de 2025
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Ministério Público Eleitoral pede a cassação do mandato de Adriane Lopes por “Compra de Votos” nas eleições de 2024

O advogado Newley Amarilla, que representa as legendas, argumentou que os elementos de prova eram robustos e claros quanto às acusações.
Foto: Ascom TRE-MS
Foto: Ascom TRE-MS

O Ministério Público Eleitoral tomou uma importante decisão em relação à prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e sua vice, Camilla Nascimento (Avante), em um novo capítulo do processo de investigação eleitoral. A manifestação contra a sentença que absolveu as duas políticas foi protocolada no dia 26 de março, dando continuidade a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) iniciada em dezembro de 2024, que levantou sérios indícios de compra de votos durante as eleições municipais do ano passado.

O procurador regional eleitoral Luiz Gustavo Mantovani, que é responsável pela ação, argumentou que as provas reunidas durante o processo demonstram de forma inequívoca que a atuação de Adriane Lopes e Camilla Nascimento foi marcada pela captação ilícita de votos. Com isso, ele solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) a cassação dos mandatos das duas políticas, além da aplicação de inelegibilidade pelo período de oito anos e uma multa significativa.

O Surgimento da Ação: PDT e PSDC contra a chapa Progressista

A investigação começou após a apresentação de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC), que acusaram a chapa liderada por Adriane Lopes de abuso de poder político, econômico e religioso. Os partidos alegaram que houve manipulação do processo eleitoral, com promessas de vantagens financeiras em troca de votos, o que configura um ato ilícito.

Em janeiro de 2024, o juiz eleitoral Ariovaldo Nantes Corrêa havia decidido pela absolvição das acusadas, rejeitando as denúncias feitas pelo PDT e o PSDC. No entanto, os partidos recorreram ao TRE-MS, alegando que havia provas suficientes para comprovar a compra de votos e pedindo a anulação da sentença. O advogado Newley Amarilla, que representa as legendas, argumentou que os elementos de prova eram robustos e claros quanto às acusações.

Com o prazo para a conclusão da AIJE limitado a 60 dias, o caso deve ser decidido até o final de abril, e as expectativas sobre o desfecho do julgamento são altas.

A manifestação do Ministério Público e os elementos de prova

Em sua manifestação recente, o procurador Luiz Gustavo Mantovani foi categórico ao afirmar que as provas reunidas durante a investigação eliminam qualquer dúvida razoável de que Adriane Lopes estava ciente dos atos ilícitos cometidos por membros de sua campanha. De acordo com ele, pessoas do gabinete da prefeita e assessores da campanha estavam diretamente envolvidas na compra de votos, especialmente em áreas periféricas de Campo Grande.

Mantovani destacou que as testemunhas que participaram do processo deixaram claro que Adriane Lopes estava envolvida nas articulações para garantir votos em troca de vantagens. Ele também citou um vídeo que confirmou as denúncias. Nele, o coordenador da campanha de Adriane Lopes, Dinho, é visto falando para uma multidão em um evento de campanha. Ele menciona que a prefeita não conseguiria comparecer, mas que seu material de campanha estava sendo distribuído naquele momento.

Vídeos e Áudios nas Investigações

A Polícia Federal e o Ministério Público também utilizaram áudios e vídeos como elementos de prova, sendo cruciais para a comprovação das acusações de compra de votos. Em um dos vídeos anexados ao processo, cabos eleitorais de Adriane Lopes são ouvidos em uma conversa em que mencionam a retenção de documentos e títulos de eleitores em troca de votos. Além disso, um diálogo em que uma pessoa reclama sobre a falta de pagamento de uma promessa eleitoral foi registrado, com a promessa de que o pagamento seria feito “amanhã”, caso a prefeita vencesse.

O procurador Mantovani ressaltou a gravidade das provas e afirmou que elas são determinantes para a cassação dos mandatos de Adriane Lopes e Camilla Nascimento, pois indicam claramente a compra de votos, um crime eleitoral grave. A participação direta da prefeita, seja por ação ou omissão, é um ponto central na argumentação do Ministério Público, que pede a aplicação de sanções severas.

O desfecho do caso e as consequências para Adriane Lopes

Com o caso ainda em andamento, os partidos e o Ministério Público esperam um julgamento rápido do recurso interposto no TRE-MS. Caso a decisão seja favorável à cassação dos mandatos, a prefeita e sua vice podem perder seus cargos e ficar inelegíveis por oito anos. Além disso, a sentença pode provocar um grande impacto nas eleições futuras de Campo Grande, uma vez que a prefeita, que assumiu o cargo em 2021, poderá ser impedida de concorrer em novas eleições.

quando ela ganhar, ela nem vai olhar na nossa cara. Se liga! Conheço. Nem a pau, Juvenal!”.

Clique aqui e veja o parecer na íntegra.

A conclusão deste processo é aguardada com grande expectativa, e as redes sociais já estão repletas de discussões sobre as evidências que sustentam as acusações e o possível futuro político de Adriane Lopes e Camilla Nascimento. A repercussão do caso, marcado por fortes indícios de corrupção eleitoral, promete ser um dos principais temas das próximas semanas em Mato Grosso do Sul.

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