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Mato Grosso do Sul, 26 de abril de 2024
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Ministério rejeita pedido para mudança de data do plantio da 2ª safra de milho

Foto: Fábio Santos
Foto: Fábio Santos

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviou nesta quinta-feira, 11, um ofício negando a possibilidade de alteração nas datas de semeadura do milho segunda safra para as entidades e governos estaduais que haviam solicitado a prorrogação.

Em nota técnica anexada ao ofício, o ministério informou que o setor “alega que o atraso no plano e o alongamento do ciclo da soja, provocado por questões climáticas, não está permitindo que o milho de segunda safra seja semeado dentro da janela indicada no Zarc [Zoneamento Agrícola de Risco Climático]”.

No entanto, a pasta informa que a extensão da janela de plantio não é possível. “Considerando as atualizações metodológicas incorporadas no estudo de Zarc de 2020, as correções na duração de ciclos, que estavam inadequados para algumas regiões e épocas, os riscos envolvidos e as implicações nos contratos de Proagro e PSR, e a Portaria Nº 412, informamos não ser possível realizar alterações nos resultados vigentes, impossibilitando, dessa forma, qualquer alteração das janelas de plano nas portarias de Zarc do milho 2ª safra”.

Nesta quinta, o ministério também definiu o cronograma de realização de estudos e publicações das portarias de Zarc para o ano de 2021. O Mapa solicitou à Embrapa uma nova mudança metodológica no Zarc do milho de 2ª safra, que será apresentada ao Banco Central e para as seguradoras no primeiro semestre de 2021 como proposta para a safra 2022. Essa ação do Mapa se insere no esforço do governo para estimular o plantio do milho, tendo em vista a situação de oferta e demanda bastante ajustada prevista para o produto na próxima safra.

“Consiste na inclusão de mais um nível de risco nos estudos, o de 50%. Atualmente os níveis de risco são de 20%, 30% e 40%. Isso deverá proporcionar um aumento nas janelas de plantio, que pode fomentar a geração de novos produtos de seguro e Proagro, mas dependem de avaliação e aceite desse novo risco pelos agentes”, explica o diretor do departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola.

Loyola informou ao Canal Rural que foi montado um grupo de trabalho integrado por representantes do Banco Central, Tesouro Nacional, Ministério da Economia e Embrapa para acompanhar a proposta de criação da nova faixa de risco. A previsão é de que a Embrapa finalize a primeira etapa do estudo no final de abril e, a partir daí, o debate se concretize. Na próxima semana, Loyola deve se reunir com seguradoras e resseguradoras para sentir o apetite do setor privado em oferecer novos produtos com risco de 50%.

Confira a Nota Técnica:

https://www.slideshare.net/fabiohsantos/notatec 

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