O domingo amanheceu tenso na parte alta de Corumbá. Uma cena chocante parou a vizinhança entre os bairros Nova Corumbá e Guarani. Um cachorro, aparentemente brincando, carregava algo que parecia um boneco de pelúcia sujo de sangue. Ao se aproximarem, os moradores ficaram estarrecidos ao perceber que o “brinquedo” era, na verdade, um feto humano.
A Polícia Militar foi chamada imediatamente e isolou a área. A Perícia foi acionada e recolheu o corpo para o IMOL, o Instituto de Medicina e Odontologia Legal. Era o começo de uma investigação delicada, que logo apontaria para uma jovem mulher de 27 anos, moradora da região, como principal suspeita de ocultar a gravidez e, possivelmente, provocar um aborto.
De acordo com o delegado Jean Castro, titular do Cartório de Homicídios da Polícia Civil, a mulher teria escondido a gestação até mesmo da própria família. Ela estava grávida de cerca de seis meses. Segundo relato da mãe da suspeita, a filha disse ter sentido fortes dores abdominais e, após expelir o feto, desapareceu de casa, temendo represálias e a repercussão do caso.
Durante as buscas na residência, os policiais civis encontraram lençóis com sangue, absorventes e panos manchados guardados em uma gaveta. Os materiais foram recolhidos para análise e reforçam a hipótese de que o aborto aconteceu em casa, sem acompanhamento médico. Ainda segundo a polícia, o feto estava com um dos braços ausente, o que pode indicar ação de animais ou outro fator ainda não esclarecido. A confirmação depende de laudos periciais.
Em uma ligação telefônica intermediada pela mãe, a mulher disse que buscaria um advogado antes de se apresentar à polícia. A investigação segue em andamento e a polícia trabalha para esclarecer todas as circunstâncias do caso, incluindo a possível prática de aborto ilegal e a ocultação de cadáver.
O episódio levanta uma série de reflexões sobre saúde pública, acesso à informação e apoio psicológico e social às mulheres em situação de vulnerabilidade. É um caso que mistura dor, silêncio e muitas perguntas sem respostas. Enquanto isso, a cidade acompanha, entre o espanto e a angústia, os desdobramentos dessa história que choca pela brutalidade e pelo mistério.
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