Amanhã de chão batido, esperança no rosto e contrato assinado. Assim foi o cenário vivido por dezenas de famílias indígenas em Mato Grosso do Sul ao longo da última semana, durante a formalização das assinaturas do programa Oga Porã – Minha Casa, Minha Vida. A iniciativa, fruto da parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal, está construindo novas moradias para comunidades indígenas de vários municípios, reforçando o respeito à cultura dos povos originários e garantindo um dos direitos mais básicos: o de ter um teto seguro para morar.
As assinaturas começaram na quinta-feira, dia 4 de abril, e seguiram até esta quarta-feira, dia 9, passando por cidades como Juti, Japorã, Aquidauana, Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Miranda e Paranhos. A ação vai beneficiar ao todo centenas de famílias indígenas que há anos aguardavam uma resposta concreta do poder público.
Em cada localidade visitada, a equipe da Agehab (Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul), junto com representantes da Caixa Econômica Federal e autoridades municipais, foi recebida com cantos, danças e manifestações culturais que reforçaram o significado histórico daquele momento. Para muitos, não era só a conquista de uma casa, mas o reconhecimento de uma vida inteira de luta por dignidade.
A diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avessani, destacou a importância de realizar essas ações justamente em abril, mês simbólico para os Povos Indígenas. “Escolhemos esse período porque entendemos que a moradia também é um ato de respeito, de inclusão, de valorização da cultura e das necessidades específicas dessas populações que tanto contribuíram e contribuem para a formação da nossa identidade como povo”, afirmou.
Só em Juti e Japorã, foram 98 famílias contempladas com a assinatura dos contratos. Em Aquidauana e Nioaque, outras 115 famílias terão acesso a novas moradias em aldeias como Água Branca, Bananal, Imbirussu, Cabeceira e outras. Já em Miranda e Dois Irmãos do Buriti, o programa chegou a mais 97 famílias, levando alívio e segurança para quem enfrenta dificuldades há gerações.
Para completar o ciclo da semana, nesta quarta-feira, dia 9, foi a vez de Paranhos receber a assinatura dos contratos nas aldeias Potrero Guassu e Paraguassu. Em cada comunidade, a emoção tomou conta. Líderes comunitários falaram com orgulho e entusiasmo sobre a importância da casa própria para fortalecer o pertencimento e manter vivas as tradições.

Não se trata apenas de colocar tijolo sobre tijolo. O programa Oga Porã vai além. Ele reconhece que os povos indígenas têm modos de vida, saberes e necessidades que devem ser considerados em qualquer política pública. Por isso, cada projeto respeita o formato de organização social das aldeias, seus espaços coletivos, o uso do território e as práticas culturais.
A construção dessas moradias é mais que uma obra física. É a construção de pontes entre governo e comunidades, entre passado e futuro, entre justiça e reparação. Cada chave entregue será símbolo de resistência e recomeço. O programa Oga Porã deixa claro que quando há vontade política e escuta verdadeira, as transformações acontecem de verdade.
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