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Mato Grosso do Sul, 19 de setembro de 2024
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Morre no Hospital Regional de Campo Grande, homem que matou garota de programa após ser chamado de feio

Sérgio foi preso em flagrante e, à polícia, deu duas versões: disse que “surtou” depois que a acompanhante recusou-se a fazer o programa sexual porque o achou muito feio
Sérgio Guenka, 52 anos no dia em que foi preso pelo feminicídio
Sérgio Guenka, 52 anos no dia em que foi preso pelo feminicídio

Sérgio Guenka, de 52 anos, morreu no Hospital Regional após passar mal na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Sérgio foi preso em flagrante no dia 20 de junho após matar uma garota de programa com 36 facadas, no Bairro Santo Antônio.

Desde o dia do crime, ele está custodiado no sistema prisional. Na tarde de segunda-feira, ele passou mal. Se queixava de dores no abdome, que se estendia há meses, segundo o boletim de ocorrência. No Hospital Regional, Guenka sofreu uma parada cardiorrespiratória e a equipe médica tentou manobras para salvá-lo, mas sem sucesso.

O crime

Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos, foi barbaramente assassinada com 36 facadas por Sérgio, no dia 20 de junho, um sábado. Somente na segunda-feira, dois dias depois do crime, foi que o homem ligou para a irmã e disse que havia matado uma mulher. Nesse meio tempo, Guenka levou “vida normal”.

Durante a investigação, um vizinho contou que viu quando Cristiane entrou na casa no sábado de manhã e que em seguida escutou uma música bem alta. “O som ficou no último volume, e ouviu gritos, mas a testemunha se defendeu dizendo que nunca imaginou que a mulher estava sendo esfaqueada ali”, disse a delegada Elaine Benicasa, na época dos fatos.

Sérgio foi preso em flagrante e, à polícia, deu duas versões: disse que “surtou” depois que a acompanhante recusou-se a fazer o programa sexual porque o achou muito feio. Depois, afirmou que chegou à conclusão que a profissional do sexo seria uma mulher impura, que a Bíblia dizia isso e que pessoas “assim” não deveriam sobreviver.

A casa, segundo a delegada, era um ambiente completamente insalubre e cheio de referências religiosas. Cristiane foi morta em um quarto onde estava apenas um colchão sujo no chão e um guarda-roupas. O assassino confesso alega, em depoimento, que fez sexo com a mulher ali e, depois, foi até a cozinha, onde buscou faca para matá-la.

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