Mato Grosso do Sul, 15 de maio de 2025
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Motorista catarinense é preso em Ponta Porã com carga de maconha escondida sob milho

Homem foi contratado por R$ 50 mil para transportar droga de fronteira para Santa Catarina e acabou preso pela PRF em rodovia estadual, ampliando o cenário do tráfico de drogas na região
Imagem - PRF/Divulgação
Imagem - PRF/Divulgação

Na madrugada desta terça-feira (18), o motorista Guilherme Cipolatto Zuburan, de 32 anos, morador de Santa Catarina, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na MS-386, em Ponta Porã, cidade estratégica localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai. Ele estava transportando uma carga de maconha escondida sob uma carga de milho. O caso revela mais um capítulo no constante fluxo de drogas que atravessa a fronteira sul do Brasil, onde as rotas do tráfico são bem estabelecidas, principalmente com o uso de veículos e cargas aparentemente legítimas para disfarçar a droga.

A abordagem aconteceu quando os policiais, em patrulhamento ostensivo, notaram manobras evasivas de uma carreta-caçamba, o que gerou desconfiança. A carreta estava circulando em um dos trechos mais críticos da região, onde o tráfico de drogas tem se intensificado. Ao abordarem o motorista, Guilherme apresentou uma nota fiscal que indicava que ele estava transportando milho, mas a falta de detalhes sobre o destino da carga levantou suspeitas.

Quando questionado sobre o destino da mercadoria, o motorista forneceu uma resposta vaga, alegando que o transporte havia sido feito em uma fazenda na região de fronteira e que, somente ao chegar em Amambai, ele receberia mais instruções sobre o local exato de entrega. Essa explicação desconexa, além de não fazer sentido, foi suficiente para que os policiais desconfiassem que algo estava errado.

Com a suspeita de que o veículo pudesse estar transportando algo ilícito, a PRF decidiu realizar uma inspeção minuciosa na carga. Durante a vistoria, os agentes encontraram fardos de maconha escondidos sob os sacos de milho, uma estratégia comum dos traficantes para tentar enganar as autoridades. A droga estava bem disfarçada e a quantidade encontrada indica que a carga tinha como objetivo abastecer uma rede de distribuição de entorpecentes em Santa Catarina.

Ao ser questionado sobre a carga ilícita, Guilherme confessou que estava transportando a droga a mando de um cidadão paraguaio. Ele afirmou que havia sido contratado para levar a maconha de Ponta Porã até o estado de Santa Catarina e que receberia R$ 50 mil pela tarefa. O motorista explicou que, após carregar o caminhão com milho na fazenda, entregou o veículo a um paraguaio e recebeu de volta em Ponta Porã, já com a carga de maconha oculta. Essa prática de “esquecer” a carga por um tempo em mãos de traficantes de outros países é uma das táticas utilizadas por organizações criminosas para dificultar o rastreamento das drogas e dificultar a prisão dos envolvidos.

O motorista foi preso em flagrante e levado à Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, onde prestou depoimento e agora aguarda as investigações para verificar a extensão de sua participação no crime. Ele será responsabilizado por tráfico de drogas e, caso comprovada sua colaboração com organizações criminosas, poderá enfrentar penas ainda mais severas. As autoridades estão agora investigando a origem da carga e tentando identificar os responsáveis pela distribuição da droga em Santa Catarina, um estado onde o tráfico de maconha tem se intensificado nos últimos anos.

Além da prisão de Guilherme, a PRF e a Polícia Federal estão ampliando as investigações para desmantelar a rede de tráfico que atua na região da fronteira, identificando outros envolvidos e traçando rotas de transporte usadas por criminosos. O tráfico de drogas nas rodovias federais e estaduais tem sido uma preocupação constante para as forças de segurança, já que as estradas da região servem como importantes corredores para o tráfico internacional de entorpecentes.

A apreensão desta carga de maconha não só impediu que a droga chegasse ao seu destino final, como também se junta a outros casos recentes de apreensão de drogas na região da fronteira, apontando que as organizações criminosas seguem operando com força total na rota do tráfico internacional. A PRF continua seu trabalho de prevenção e combate ao tráfico, mas também destaca a importância da colaboração da população e das autoridades do Paraguai no enfrentamento ao crime organizado.

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