A agricultura brasileira está prestes a passar por grandes mudanças no que diz respeito à proteção contra riscos climáticos. Durante um workshop realizado na última sexta-feira (31) na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, o Ministério da Agricultura anunciou transformações importantes no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), com a intenção de tornar o sistema mais eficiente e justo já no próximo Plano Safra.
O secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, afirmou que o governo está trabalhando em um modelo mais moderno de seguro rural, que será apresentado no Plano Safra de 2025, com lançamento previsto para junho. O objetivo é equilibrar os riscos e ampliar a cobertura para garantir maior segurança aos produtores, que enfrentam desafios relacionados à imprevisibilidade orçamentária e à concentração de segurados no Sul do país, especialmente nas culturas de soja e milho.
Seguro Rural Ainda Engatinha no Brasil
Atualmente, apenas 16% da área agrícola brasileira está segurada, um número baixo em comparação com países como os Estados Unidos, onde o seguro rural é tratado como uma política de Estado. A falta de previsibilidade no orçamento do PSR tem gerado desconfiança entre os produtores, dificultando a adesão ao seguro rural.
Embora o número de seguradoras tenha crescido nos últimos anos, de duas para 18, eventos climáticos extremos como a seca de 2021 e 2022 no Centro-Sul fizeram com que muitas seguradoras recuassem, reduzindo esse número para entre 12 e 14. A necessidade de um modelo mais sustentável que atraia investidores e resseguradores, fortalecendo a proteção aos produtores, é evidente, segundo Glaucio Toyama, presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg.
O Que Pode Mudar?
Diversas melhorias no PSR foram sugeridas durante o evento, incluindo a ampliação de ferramentas de gestão de risco e a implementação do seguro paramétrico, que oferece indenizações rápidas e eficazes com base em indicadores climáticos predefinidos. Outra sugestão é a criação de um banco de dados integrado, que poderia desenvolver produtos mais adequados às necessidades dos agricultores.
O Projeto de Lei 2.951 de 2024, proposto pela senadora Tereza Cristina, é apontado como uma medida chave para estruturar a gestão de riscos no país. A proposta prevê a criação de um Fundo Catástrofe, que ajudaria a estabilizar o mercado de seguros rurais e aumentar a confiança dos produtores.
Essas mudanças representam um passo importante para fortalecer a segurança alimentar do Brasil e garantir a proteção de um setor vital para a economia nacional. O futuro do seguro rural parece promissor, com expectativas de que as propostas sejam concretizadas, trazendo benefícios reais para os agricultores que sustentam o país.
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