Pesquisar
Close this search box.
Mato Grosso do Sul, 4 de maio de 2024
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Mulher lidera a disputa pelo controle do tráfico de drogas na fronteira do Paraguai

Cristino Giménez (28), preso em março passado transportando cerca de 300 cartuchos e drogas, teria mencionado aos investigadores o nome de Selva Hũ como proprietária do carregamento ilegal
Fotomontagem - Ultima Hora PY
Fotomontagem - Ultima Hora PY

A sangrenta disputa pelo controle do tráfico de drogas no departamento de Canindeyú desencadeou uma onda de assassinos que já ceifou diversas vidas. No meio da guerra sangrenta, o nome de Selva Portillo Rodas, vulgo Selva Hũ, surge como um dos responsáveis ​​pela violência naquela zona do país.

Ela seria aliada de Felipe Santiago Acosta, vulgo Macho, um dos criminosos mais temidos da região, que está foragido da Justiça.

Segundo o ex-deputado Julio Colmán, a mulher, que ele evitou identificar durante entrevista à rádio Monumental 1080 AM, tem grande influência sobre Acosta e é quem decide quem morre na região.

Rafael González, diretor de polícia do departamento de Canindeyú, reconheceu que Selva está na mira dos investigadores, mas que não há denúncia formal contra ela. afirmou ainda que há seis facções que lutam atualmente pelo controle da área e trabalham para identificar os membros e erradicá-los.

Por sua vez, o promotor Christian Roig, um dos que atua na área, confirmou que Selva Portillo estava ligada a atos de assassinos como mandante, mas não há provas que possam incriminá-la.

Cristino Giménez (28), preso em março passado transportando cerca de 300 cartuchos e drogas, teria mencionado aos investigadores o nome de Selva Hũ como proprietária do carregamento ilegal, mas no momento de prestar seu depoimento se absteve de fazê-lo porque medo de represálias. Por esse motivo, a mulher não foi processada.

Ataques e contra-ataques

Selva Portillo junto com Macho estaria liderando o plano para eliminar seus oponentes e manter o monopólio do tráfico de maconha e cocaína na área.

Uma dessas vítimas foi Ignacio Medina Brítez, vulgo Nachito, um dos que supostamente disputavam o controle, morto a tiros em Villa Ygatimí, em uma fazenda.

Hitmen crivou o caminhão em que ele viajava e o homem recebeu vários ferimentos de bala de armas de guerra. O evento ocorreu em 16 de dezembro de 2023.

Outro caso importante ocorreu com a morte de Cristino Díaz, outro dos líderes das facções que atuavam na área, morto por assassinos de aluguel em fevereiro passado, na cidade de Britez Cué, departamento de Canindeyú.

O ataque, segundo os investigadores, foi perpetrado por um homem conhecido como Macho, que roubou seu celular de Díaz. O telefone teria sido auditado pelos criminosos e a partir daí eles teriam obtido informações para realizar outros ataques.

No dia 12 de março deste ano, o caminhão Volkswagen Amarok dirigido por Gregório Gomez Nogueira (35) foi crivado de balas em Villa Ygatimí. O homem morreu após receber vários ferimentos de bala em diferentes partes do corpo.

Silva Hũ

No último dia 5 de abril, nas primeiras horas da manhã, cerca de seis homens fortemente armados atacaram a casa de Benício Silva, vulgo Silva Hũ, um ex-policial considerado um dos principais opositores do vulgo Macho. O ex policial conseguiu repelir o ataque enfrentando seus agressores, que tiveram que fugir.

Silva teria se vingado dos ataques com a morte de Eliodoro Ramón Ibáñez Zaracho (46), que foi agredido na cidade de Curuguaty por pistoleiros que usavam fuzis calibre 5,56 milímetros. Ibáñez era considerado o braço direito de Macho, cuja morte ocorreu na tarde da última segunda-feira.

Naquela mesma tarde, faleceu Gaspar Peralta Martínez, que deu entrada no Hospital Regional de Salto del Guairá após receber vários ferimentos de bala em um ataque de pistoleiros, ocorrido no domingo, 7 de abril, no referido município, quando se preparava para dar entrada em seu hospital. veículo.

Segundo os intervenientes, a disputa envolvendo sangue e fogo se deve ao monopólio do tráfico de maconha, que é produzida na região, e também de cocaína, que tem como destino o Brasil. Os dois pontos mais críticos seriam os municípios de Villa Ygatimí e Yby Pytá, segundo fontes da investigação.

Assassinato de Pablo Medina

Em 16 de outubro de 2014, pistoleiros mataram o jornalista Pablo Medina, que realizava diversas investigações sobre o tráfico de drogas na região. Assassinos vestidos de para’i o interceptaram em uma estrada local a 10 quilômetros da cidade de Villa Ygatimí.

Neste caso, Flavio Acosta Riveros, um dos supostos assassinos, foi condenado a 36 anos de prisão e cumpre pena em prisão fechada no Brasil.

Por sua vez, Vilmar Acosta Marqués, vulgo Neneco, ex-prefeito da cidade de Ypehú, foi condenado a 29 anos de prisão mais 10 anos de medidas de segurança por ter sido considerado culpado do homicídio como instigador.

Medina fez várias reportagens denunciando as ligações do antigo chefe comunal e da sua família com o tráfico de drogas.

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.