A investigação em torno do caso de envenenamento que resultou na morte de três mulheres da mesma família no Rio Grande do Sul ganhou novos desdobramentos após o depoimento de Diego dos Anjos, marido de Deise Moura dos Anjos, principal suspeita do crime. Segundo ele, ao ingerir um suco preparado por sua esposa, sofreu “vômitos violentos”, uma experiência que descreveu como sem precedentes. Deise está presa preventivamente sob a suspeita de ter adicionado arsênio em um bolo consumido no feriado de Natal, levando à morte de três pessoas.
Depoimentos e novos indícios
Diego relatou à Polícia Civil que o episódio aconteceu em dezembro, quando ele estava em seu escritório em casa e recebeu um suco de manga preparado por Deise. Inicialmente, ele não percebeu nada incomum, mas pouco tempo depois começou a passar mal e vomitou de forma intensa. Algumas horas mais tarde, seu filho pequeno também tomou o mesmo suco e apresentou os mesmos sintomas.
Perícias solicitadas pela Polícia Civil detectaram a presença de arsênio na urina de ambos, o que fortaleceu a suspeita de envenenamento.
Sequência dos supostos envenenamentos
A investigação aponta que os eventos suspeitos ocorreram em três momentos distintos:
- Setembro: O sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, faleceu no hospital com sintomas de intoxicação alimentar. Na época, a morte foi considerada natural, mas posteriormente descobriu-se que Deise havia levado um pacote de leite em pó para a casa dos sogros, que foi consumido por Paulo antes de passar mal.
- Dezembro: Diego e seu filho passaram mal após tomar um suco de manga preparado por Deise. Exames posteriores revelaram a presença de arsênio na urina dos dois.
- Natal: Seis pessoas da família consumiram um bolo feito por Zeli dos Anjos, com farinha suspeitamente contaminada. Cinco pessoas precisaram de atendimento médico, e três mulheres faleceram: Tatiana Denize Silva dos Anjos, Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva.
Defesa da suspeita
A defesa de Deise Moura dos Anjos alega que ainda não teve acesso completo aos depoimentos colhidos pela Polícia Civil e, por isso, não se pronunciará oficialmente. A defesa sustenta que Deise nega qualquer envolvimento nos incidentes.
Relacionamento conturbado e motivações
Testemunhas afirmaram que o relacionamento entre Deise e sua sogra, Zeli Terezinha dos Anjos, era conturbado e marcado por desavenças. O próprio Diego afirmou que sua esposa mantinha conflitos frequentes com familiares, especialmente nas redes sociais.
Ao ser questionado pela Polícia sobre a possibilidade de Deise ter envenenado a família, Diego disse não saber responder, mas garantiu que nunca presenciou comportamentos extremos que pudessem indicar tal intenção. Ele chegou a afirmar que, se Deise quisesse prejudicar alguém, o alvo seria apenas sua mãe, e não toda a família.
Avanço das investigações
A Polícia Civil segue analisando os exames toxicológicos e investigando as possíveis motivações para os crimes. Os peritos buscam entender como o arsênio foi introduzido nos alimentos e bebidas consumidos pela família e se houve premeditação.
Os investigadores também estão coletando depoimentos de amigos, parentes e colegas de trabalho de Deise para traçar um perfil de sua personalidade e entender se há histórico de comportamentos suspeitos no passado.
O impacto nas redes sociais e na comunidade
O caso tem causado grande repercussão nas redes sociais e na comunidade de Canoas, onde residia a família. Moradores estão em choque com a possibilidade de um crime tão brutal dentro de uma família aparentemente comum.
Conclusão
As autoridades seguem aprofundando as investigações para esclarecer o caso e determinar a responsabilidade de Deise Moura dos Anjos nos supostos envenenamentos. Enquanto isso, a família busca respostas e justiça para as perdas irreparáveis que sofreram.
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