O que era para ser um ponto de lazer e entretenimento virou um verdadeiro pesadelo para os moradores do Jardim dos Estados, uma das áreas mais nobres de Campo Grande. O Quiçá Gastrobar, localizado na badalada rua Euclides da Cunha, está sendo alvo de uma chuva de reclamações. O motivo? Som abusivo, interdição de calçadas, urina e fezes nas ruas e até sexo ao ar livre. A indignação cresce, e a população exige ação das autoridades para conter o descontrole.
CAOS NA MADRUGADA: LEI DO SILÊNCIO VIOLADA
Não é de hoje que os moradores vêm denunciando os abusos da boate, que ultrapassa os limites da Lei do Silêncio e transforma a região em um inferno sonoro. Quem vive no entorno relata noites intermináveis de barulho estridente, ecoando pelas ruas até altas horas, impedindo qualquer possibilidade de descanso.
“Ninguém dorme, e ninguém aguenta mais. Chamamos a polícia, mas nada muda. O som é insuportável, e nós, moradores, ficamos à mercê dessa bagunça sem fim”, desabafou um morador que preferiu não se identificar.
A Lei do Silêncio de Campo Grande proíbe ruídos excessivos e sons incômodos que prejudiquem o sossego da população, mas, aparentemente, a fiscalização falha em garantir o cumprimento da norma.
CALÇADAS OCUPADAS: TRANSTORNO PARA MORADORES E DEFICIENTES
Além do barulho insuportável, a boate se apropriou do espaço público, interditando as calçadas e obrigando pedestres a desviarem para o meio da rua. Cadeirantes e idosos são alguns dos mais prejudicados, enfrentando riscos ao tentar atravessar o local. “Se um cadeirante precisar passar, simplesmente não consegue. A calçada vira um prolongamento da boate, tomada por clientes, móveis e copos espalhados. É um absurdo”, relata outra moradora.
O Código de Polícia Administrativa de Campo Grande é claro ao determinar que nenhuma empresa pode impedir o livre trânsito de pedestres, exceto por motivos de obras ou ordens policiais. Mas, mais uma vez, a lei parece ignorada.
SEXO, URINA E SUJEIRA: CENÁRIOS DEPOIS DA FESTA
Como se não bastasse o som ensurdecedor e a calçada interditada, as ruas do Jardim dos Estados se tornaram palco para cenas grotescas. Moradores relatam encontrar urina, fezes e até casais transando ao ar livre nas madrugadas. “Chegar em casa e se deparar com alguém fazendo sexo na porta é revoltante. Já vi até três pessoas juntas, em plena rua. Sem contar o cheiro insuportável de urina”, denuncia um vizinho da boate.
A prática de atos obscenos em locais públicos é crime previsto no Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa. Apesar disso, não há qualquer controle ou fiscalização por parte das autoridades.
PREFEITURA E POLÍCIA OMISSAS?
As denúncias não são recentes. A situação da Euclides da Cunha já foi levada ao Ministério Público, mas até agora nenhuma providência efetiva foi tomada. Muitos moradores acreditam que há algum tipo de proteção ao estabelecimento. “Já cansamos de denunciar. A polícia nunca vem, a Prefeitura nunca toma providências. Parece que tem gente grande protegendo esse lugar”, critica um morador.
A Prefeitura de Campo Grande confirmou que recebeu diversas reclamações, mas não esclareceu se algum tipo de punição será aplicada. Já a polícia, apesar das sucessivas chamadas, não tem comparecido com frequência ao local.
OUTRO LADO: BOATE DIZ QUE TEM AUTORIZAÇÃO
Em nota, o Quiçá Gastrobar afirmou que está regularizado e que possui alvará especial para funcionamento. O estabelecimento também declarou que tem permissão da Prefeitura para utilizar a calçada e negou envolvimento nas denúncias de atos obscenos e sujeira no local. “Nosso bar é frequentado por clientes que prezam pelo respeito, educação e civilidade”, diz o comunicado.
Porém, os moradores contestam. “Se eles estão dentro da lei, então por que tanta sujeira e desordem? Quem vai resolver isso?”, questiona um vizinho.
ATÉ QUANDO?
A população do Jardim dos Estados clama por providências rápidas e eficazes para restaurar a paz na região. A omissão das autoridades é inaceitável, e a impunidade só fortalece o desrespeito às leis. Cabe agora à Prefeitura, à polícia e ao Ministério Público agirem para devolver o direito ao descanso e à segurança dos moradores.
#CampoGrandeMS #SegurançaJá #RespeitoAoSossego #LeiDoSilêncio #FiscalizaçãoJá #PrefeituraOmissa #PolíciaCadêVocê #JustiçaParaOsMoradores #VergonhaNaEuclides #BagunçaSemControle #MPMSPrecisaAgir #SocorroAutoridades.