Mato Grosso do Sul, 29 de junho de 2025
Campo Grande/MS
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Novo plano safra pode romper recorde e atingir R$ 600 bilhões em financiamentos

Expectativa de aumento histórico nos recursos impulsiona projeções para a safra 2025/2026, que deverá contemplar agricultura familiar, empresarial e instrumentos financeiros do setor
Ministro da Agricultura Carlos Fávaro tem falado em um Plano Safra “robusto”
Ministro da Agricultura Carlos Fávaro tem falado em um Plano Safra “robusto”

Com a aproximação do lançamento oficial, o novo Plano Safra 2025/2026 surge com uma expectativa robusta: superar a marca de R$ 600 bilhões em financiamentos destinados ao setor agropecuário nacional. O montante, se confirmado, representaria um novo recorde para o programa, que a cada ciclo tem ampliado sua abrangência e se tornado cada vez mais essencial ao fomento da produção rural brasileira.

A espinha dorsal desse volume financeiro é composta por recursos direcionados obrigatoriamente ao crédito rural pelas instituições financeiras. Esses valores, já projetados para somar mais de R$ 455 bilhões, incluem financiamentos à agricultura empresarial, familiar e instrumentos de crédito como as Cédulas de Produto Rural (CPRs). Com a adição de fontes complementares, o total poderá se aproximar dos R$ 600 bilhões.

A composição do Plano Safra vai além dos recursos tradicionais. Inclui linhas financiadas por letras de crédito, como as do agronegócio (LCAs), valores aplicados a juros livres, financiamentos concedidos via CPRs e previsões orçamentárias de fundos constitucionais voltados ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Soma-se a isso o orçamento anual do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, recursos ordinários de bancos de desenvolvimento e programas fundiários.

Boa parte desse crédito virá por meio da aquisição de CPRs, com previsão de aplicação de R$ 200 bilhões nessa modalidade. As LCAs também desempenham papel relevante ao garantir cerca de R$ 128 bilhões em financiamentos tradicionais a juros livres. A obrigatoriedade de direcionamento de 60% dos valores captados via LCA ao crédito rural fortalece ainda mais essa fonte.

A projeção atual considera também o aumento das exigências sobre os bancos e cooperativas para aplicação dos recursos captados por meio de depósitos à vista e da poupança rural. Com a nova diretriz, 70% da poupança rural deverá ser aplicada em crédito agrícola, correspondendo a R$ 76,4 bilhões. Já os depósitos à vista, cuja exigência foi elevada para 31,5%, devem garantir R$ 43,7 bilhões adicionais.

A cada novo ciclo, o Plano Safra tem reforçado seu papel como ferramenta essencial à expansão da produção agropecuária brasileira. Na safra 2024/2025, o total liberado superou os R$ 584 bilhões, com R$ 400 bilhões destinados à agricultura empresarial, R$ 76 bilhões ao fortalecimento da agricultura familiar e R$ 108 bilhões em CPRs.

Agora, com novas regras de direcionamento para as cooperativas de crédito e um ambiente de maior previsibilidade para o setor, o ciclo 2025/2026 promete ampliar ainda mais o acesso ao financiamento rural. As novas obrigatoriedades impostas a essas cooperativas poderão representar, sozinhas, um acréscimo de R$ 6,4 bilhões à oferta de crédito a partir de julho.

O anúncio oficial do Plano Safra 2025/2026 está previsto para os dias 30 de junho e 1º de julho. Até lá, as equipes envolvidas seguem ajustando os últimos detalhes quanto à equalização de juros, estimativas de impacto fiscal e distribuição entre os programas voltados ao pequeno, médio e grande produtor. A expectativa é de um programa mais abrangente, eficiente e aderente às novas realidades econômicas e climáticas do campo.

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