Mato Grosso do Sul, 16 de março de 2025
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O Dólar pode repetir 2017? O que esperar da moeda em 2025 seguindo as previsões do Morgan Stanley

Cenário político, tarifas e déficit fiscal são elementos que podem influenciar o comportamento do dólar nos próximos meses
Proteger investimentos da alta do dólar. Foto: Adobe Stock
Proteger investimentos da alta do dólar. Foto: Adobe Stock

A oscilação do dólar sempre atrai a atenção do mercado financeiro, investidores e consumidores que lidam com importações, exportações e viagens internacionais. Segundo um relatório do banco Morgan Stanley, a moeda americana pode repetir padrões observados em 2017, quando sofreu uma desvalorização inesperada devido a fatores econômicos e políticos. Mas quais seriam esses fatores e como eles podem impactar o dólar em 2025?

O estudo do Morgan Stanley destaca três elementos principais que contribuíram para a desvalorização do dólar em 2017: a demora na implementação de tarifas comerciais nos Estados Unidos, um crescimento global acima do esperado e uma menor força de partidos eurocéticos na Europa. Agora, em 2025, esses mesmos elementos voltam ao radar, com a adição de novas incertezas relacionadas à política fiscal americana e às decisões dos bancos centrais.

Tarifas comerciais e política fiscal dos EUA

A política comercial dos Estados Unidos tem um impacto direto na valorização do dólar. Desde o início do novo governo de Donald Trump, tarifas sobre importações da China, do setor de aço e do alumínio foram anunciadas, mas, surpreendentemente, a moeda americana perdeu força.

Isso ocorre porque o mercado já precificava um cenário ainda mais agressivo, e o impacto real das tarifas ficou aquém do esperado. Durante 2024, moedas como o peso mexicano e o euro foram afetadas pelo temor de medidas protecionistas mais rígidas, mas agora os investidores aguardam os próximos passos da política comercial americana antes de tomarem decisões mais ousadas.

No caso do México, a indefinição sobre a renovação do United States-Mexico-Canada Agreement (USMCA) tem mantido os investidores em alerta. Ainda assim, as previsões indicam que tarifas agressivas sobre importações mexicanas são improváveis este ano. No Canadá, o impacto da política comercial dos EUA sobre o dólar também deve ser mais contido.

Outro ponto crucial é o déficit fiscal dos Estados Unidos. A extensão da Lei de Cortes de Impostos e Empregos (TCJA) ainda está indefinida, e a previsão é que o déficit americano cresça cerca de US$ 3 trilhões nos próximos dez anos. Isso pode reduzir o apelo do dólar como um ativo seguro, gerando maior instabilidade no mercado cambial.

Bancos centrais e a influência do Federal Reserve

O papel dos bancos centrais, especialmente do Federal Reserve (Fed), é determinante na direção do dólar. Nos últimos meses, o Fed tem mantido uma postura cautelosa em relação ao aumento de juros. Caso haja qualquer sinalização de uma desaceleração na política de aperto monetário, o dólar pode perder ainda mais força.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) também exerce influência sobre a valorização do euro. Se houver um ajuste na política de balanço patrimonial do BCE, a pressão sobre o dólar pode aumentar. Além disso, na China, o Banco Popular do País pode permitir uma leve desvalorização do yuan para contrabalançar os impactos das tarifas comerciais, afetando diretamente o mercado cambial global.

Expectativas para 2025

O Morgan Stanley aponta que a política comercial dos EUA e a trajetória dos déficits fiscais serão os principais fatores que poderão limitar a valorização do dólar neste ano. Se as tarifas forem aplicadas de maneira menos agressiva do que o mercado previa, a percepção de risco pode diminuir, levando a uma possível queda do dólar ao longo dos próximos meses.

Outro fator a ser observado é o comportamento do crescimento econômico global. Caso a economia mundial cresça acima do esperado, o dólar pode perder valor para outras moedas emergentes, como aconteceu em 2017. No entanto, se o crescimento global for fraco e a economia dos EUA se manter resiliente, o dólar pode continuar forte.

Para investidores e empresários que lidam com o mercado cambial, o momento é de cautela. A volatilidade do dólar em 2025 dependerá não apenas das decisões dos bancos centrais, mas também da evolução da política econômica dos EUA e da dinâmica do comércio global.

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