Era 20 de janeiro de 2023 quando a Terra Indígena Yanomami (TIY) enfrentava um dos momentos mais críticos de sua história. O abandono sanitário e o avanço do garimpo ilegal levaram o Governo Federal a decretar emergência em saúde pública. O que se seguiu foi uma mobilização sem precedentes, com 33 órgãos trabalhando sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da República.
A luta contra o garimpo ilegal
Com a instalação da Casa de Governo em Boa Vista, uma força-tarefa se organizou para expulsar os invasores. Em 2024, foram realizadas 3.536 operações de segurança, causando um prejuízo de R$ 267 milhões aos garimpeiros e reduzindo em 95,76% as novas áreas de exploração.
Os rios, antes contaminados, começaram a dar sinais de recuperação. Parcerias com o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais possibilitaram o monitoramento da presença de mercúrio nas águas, com investimentos de R$ 6,4 milhões.
A instalação de um Destacamento Especial de Fronteira (DEF) na região de Waikas e a reforma do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Surucucu são passos importantes na consolidação da presença do Estado na TIY. Essas estruturas irão fortalecer a fiscalização e oferecer suporte logístico às operações em curso.
Saúde: uma prioridade resgatada
Em resposta à crise sanitária, sete polos de saúde foram reabertos, beneficiando 5,2 mil indígenas e reduzindo em 68% os óbitos por desnutrição. Seis novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) foram erguidas, totalizando 40 em funcionamento.
O número de profissionais de saúde mais que dobrou, passando de 690 para 1.759, abrangendo médicos, enfermeiros e nutricionistas. Em Surucucu, a construção de um Centro de Referência, com inauguração prevista para agosto, promete atender 10 mil indígenas de 60 comunidades.
Além disso, a Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas, em Boa Vista, contará com 75 leitos exclusivos para atendimento indígena, prevista para conclusão no primeiro semestre de 2024. A Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) Yanomami está sendo reformada para oferecer melhor acolhimento, com a ampliação de infraestrutura e aumento na oferta de refeições.

Alimentação e educação como pilares
Para enfrentar a fome, mais de 114 mil cestas básicas foram distribuídas, e três Centros de Recuperação Nutricional foram criados. A agricultura tradicional e a pesca artesanal foram revitalizadas, promovendo a segurança alimentar sustentável.
Na educação, investimentos de R$ 16 milhões estão viabilizando a construção de 10 Espaços de Saberes, quatro Casas de Escola Yanomami e Yek’wana e um centro de formação. Em 2024, a primeira turma de Ensino Fundamental foi concluída na comunidade Sanôma, fruto de uma parceria com a Universidade Federal de Roraima.
A regularização documental também avançou, com mutirões de emissão de documentos civis, garantindo acesso a serviços essenciais e programas sociais.
Monitoramento e recuperação ambiental
As ações de recuperação ambiental seguem em ritmo acelerado, com a implementação de 400 ações de campo para avaliar a qualidade da água e do solo. Projetos como a Rede de Monitoramento Ambiental do Território Yanomami buscam avaliar a presença de contaminantes e apoiar iniciativas de recuperação das áreas degradadas.
O fortalecimento da fiscalização e ações de educação ambiental entre as comunidades locais estão sendo promovidos para garantir a sustentabilidade do território a longo prazo.

O caminho para o futuro
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, celebrou os avanços: “A redução drástica do garimpo, a expansão dos serviços de saúde e a segurança alimentar são vitórias que garantem um futuro digno e sustentável para as comunidades”.
Com um plano sólido e metas claras, o Governo Federal reafirma seu compromisso com os Yanomami, promovendo autonomia e dignidade em harmonia com sua cultura e preservação territorial. Yanomami.
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