Traficantes que trabalhavam para o grupo criminoso saíam do interior do Paraná e se deslocavam pelo menos uma vez por semana até região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, alegando viagem para compras.
Segundo investigações que fazem parte da operação “Olhos de Lince”, desencadeada nessa quinta-feira (19/10) pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a quadrilha movimentava cerca de meia tonelada de cocaína por mês utilizando a mesma estratégia.
O delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais) do 1º Distrito Policial de Dourados, Erasmo Cubas, disse nesta manhã (20/10) , que o grupo usava Dourados e cidades na região noroeste do Paraná como entreposto do tráfico de drogas.
“Conseguimos identificar uma teia criminosa na qual estas pessoas vinham do Paraná para o Mato Grosso do Sul em veículos de luxo com o pretexto de fazer compra no Paraguai. No retorno, elas levavam entorpecentes do tipo cocaína em fundos falsos destes veículos”, disse Cubas.
O objetivo era realizar o transporte até grandes centros populacionais como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) -, e também para outros países.
A quadrilha atua há pelo menos um ano e desde o final de agosto vem sendo monitorada pela Polícia Civil, com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal).