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Mato Grosso do Sul, 6 de outubro de 2024
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OMS pede que China esclareça aumento de doenças respiratórias em crianças

A agência aconselha que as pessoas na China tomem medidas de precaução para reduzir o risco de doenças respiratórias, incluindo a obtenção das vacinas recomendadas
Foto: Pierre Virot/World Health Organization
Foto: Pierre Virot/World Health Organization

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que solicitou mais informações às autoridades chinesas sobre um aumento nos casos de doenças respiratórias e de agrupamentos de casos de pneumonia entre crianças no país.

Oficiais da Comissão Nacional de Saúde da China relataram um aumento em doenças respiratórias durante uma coletiva de imprensa na semana passada, conforme declarado pela OMS em um comunicado na quarta-feira.

“As autoridades chinesas atribuíram esse aumento à suspensão das restrições da Covid-19 e à circulação de patógenos conhecidos, como influenza, pneumonia por Mycoplasma pneumoniae (uma infecção bacteriana comum que afeta tipicamente crianças mais jovens), vírus sincicial respiratório (VSR) e Sars-CoV-2 (o vírus que causa a Covid-19)”, afirmou a OMS.

A organização também mencionou a ocorrência de agrupamentos de casos de pneumonia pediátrica não diagnosticada no norte do país, mas não está claro se esses casos estão relacionados às infecções respiratórias.

A China manteve a política conhecida como “Covid zero” marcada por lockdowns e quarentenas rigorosas, testes em massa e rastreamento de contatos rigoroso até abandonar a estratégia em dezembro. Essas medidas anti-Covid também limitam a propagação de germes mais comuns, o que, segundo especialistas, cria uma “lacuna de imunidade” que pode tornar as pessoas mais vulneráveis a infecções quando deixam de tomar tais precauções.

Relatos da mídia indicam “um surto generalizado de uma doença respiratória não diagnosticada em várias áreas da China”, de acordo com o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, conhecido como ProMED. “Não está claro quando esse surto começou, pois seria incomum tantas crianças serem afetadas tão rapidamente”, mas os relatos de doença predominantemente em crianças sugerem “alguma exposição nas escolas”.

O ProMED afirma que aguarda mais informações sobre a extensão do problema, mas que é muito cedo para fazer projeções ou especulações.

A OMS afirma ter solicitado à China informações epidemiológicas e clínicas, resultados laboratoriais desses casos, detalhes sobre as tendências na circulação de patógenos e o impacto nos sistemas de saúde.

A agência aconselha que as pessoas na China tomem medidas de precaução para reduzir o risco de doenças respiratórias, incluindo a obtenção das vacinas recomendadas, ficar em casa quando estiverem doentes, usar máscaras na presença de outras pessoas e lavar as mãos regularmente.

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