Mato Grosso do Sul, 9 de julho de 2025
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Operação contra tráfico de drogas interrompe lazer de Ronaldo da CAB das Moreninhas e sua família no Rio Grande do Norte

Operação Chiusura prende membros da família de Thiaguinho, em ação contra facção criminosa que envolveu diversos estados
Andressa e Pedro Jorge (esquerda); Suzi (com criança no colo) e Aline (de boné rosa); Rodrigo José (à direita, em pé) e Ronaldo da CAB (boné preto virado, de óculos) em Pipa (RN), dois dias antes da operação (Foto/Reprodução)
Andressa e Pedro Jorge (esquerda); Suzi (com criança no colo) e Aline (de boné rosa); Rodrigo José (à direita, em pé) e Ronaldo da CAB (boné preto virado, de óculos) em Pipa (RN), dois dias antes da operação (Foto/Reprodução)

A praia paradisíaca de Pipa, localizada no município de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, foi o cenário escolhido pela advogada Aline Gabriele Brandão para comemorar o aniversário de 3 anos de sua filha, ao lado de familiares e amigos. Um dia de sol e felicidade em alto mar, registrado em uma foto descontraída, parecia ser o escape perfeito para a família. No entanto, a tranquilidade foi interrompida abruptamente na sexta-feira (28), quando a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Chiusura, que resultou na prisão de Aline, dois cunhados, uma concunhada e o padrasto de seu marido, todos envolvidos em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

O nome de Ronaldo Cardoso, conhecido como Ronaldo da CAB, suplente de vereador pelo Podemos e atuante na região das Moreninhas, em Campo Grande, também apareceu nas investigações. Ele foi preso na pousada localizada na praia de Pipa, onde estava com sua esposa e filhos, mas a matriarca Suzi Adriana Martins, mãe de Thiaguinho e esposa de Ronaldo, não foi detida.

A Operação Chiusura foi desencadeada após investigações que duraram um ano e meio e que tiveram início com a prisão de Thiaguinho, capturado em agosto de 2023, na Bolívia. Ele foi detido com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína. De acordo com a Polícia Civil do DF, os membros da facção, incluindo familiares de Thiago, integravam uma estrutura criminosa sofisticada que atuava em diversos estados, incluindo Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, Alagoas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

Segundo as autoridades, os traficantes compravam drogas no Paraguai e na Bolívia, distribuindo-as principalmente no Distrito Federal, mas também em outras regiões. Os núcleos de Mato Grosso do Sul e Nordeste estavam entre os mais ativos na organização criminosa, sendo responsáveis pelo tráfico de drogas e pela lavagem de dinheiro. Em Goiás, traficantes com base em Maceió (AL) mantinham contato com os criminosos de Mato Grosso do Sul, formando uma rede criminosa com ramificações no Brasil inteiro.

A investigação revelou ainda que familiares de Thiaguinho serviam como “testas de ferro” para movimentar o dinheiro oriundo do tráfico, além de serem beneficiários de recursos ilícitos. As operações de lavagem de dinheiro envolviam depósitos em empresas de fachada e o uso de contas bancárias em diversos estados, incluindo Goiás, onde a quadrilha possuía imóveis de luxo e veículos de alto padrão.

A Operação Chiusura também resultou no sequestro de 17 veículos e sete imóveis, incluindo uma residência de luxo em condomínio fechado em Goiás. Mais de 30 contas bancárias foram bloqueadas, incluindo as de uma fintech que movimentou cerca de R$ 300 milhões em três meses. O desmantelamento da organização criminosa foi marcado por prisões e apreensões que refletiram o impacto da ação policial no combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro no Brasil.

Ronaldo da CAB, que é conhecido pela sua atuação política na região das Moreninhas, teve seu nome vinculado à quadrilha, embora sua prisão tenha gerado questionamentos devido ao seu papel na comunidade. Ele é casado com Suzi Adriana Martins, que é mãe de Thiago Gabriel Martins, o principal nome da organização criminosa. Embora Suzi não tenha sido presa, sua ligação com os demais membros da quadrilha levanta suspeitas sobre a atuação da família no esquema.

Thiaguinho, além de ser envolvido no tráfico de drogas, também é réu pelo assassinato do garagista Carlos Reis de Medeiros de Jesus, conhecido como “Alma”, em Campo Grande. O corpo da vítima nunca foi encontrado, mas moradores da região das Moreninhas indicam que a família de Thiago tinha vários imóveis na área, muitos dos quais foram vendidos após o assassinato.

Com o nome “Chiusura”, que significa “fechamento” ou “encerramento” em italiano, a operação simboliza o fim de um ciclo criminoso que durou anos. O trabalho da Polícia Civil do DF e o apoio das demais forças policiais de diferentes estados resultaram no desmantelamento da organização criminosa, que agora terá suas operações interrompidas.

A Operação Chiusura reforça a luta contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, além de evidenciar a atuação da facção em diversas regiões do Brasil. A prisão de Ronaldo da CAB e sua família, junto a outros envolvidos, é mais um passo na erradicação desse esquema criminoso que tanto tem afetado a segurança e a ordem pública no país.

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