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Mato Grosso do Sul, 14 de novembro de 2024
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Operação da Polícia Federal cumpre mandados contra rede criminosa acusada de lavar dinheiro do PCC em Ponta Porã

A Operação Vagus é desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai
Polícia Federal/Divulgação
Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (17) a Operação Vagus, para combater rede criminosa de abrangência internacional responsável por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Um dos mandados foi cumprido em Mato Grosso do Sul.

A investigação se concentra em cinco núcleos autônomos que teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.

A ação, que envolve 190 policiais federais e tem o apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, executa 34 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, além de outras medidas cautelares, em Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Natal (RN), Ponta Porã (MS), Chuí (RS), Bagé (RS) e Aceguá (RS). A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 82 milhões em bens relacionados aos grupos criminosos.

O esquema de lavagem de dinheiro de amplitude internacional envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de recursos de origem ilícita, direcionando depósitos e transferências bancárias para terceiros utilizados como laranjas e para comércios, principalmente supermercados, sediados em regiões de fronteira do Brasil. Posteriormente, os recursos são evadidos para casas de câmbio no exterior e permanecem à disposição das organizações criminosas.

A Operação Vagus é desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai.

Naquela ocasião, o foco esteve voltado para empresa localizada no Chuí, suspeita de receber grandes quantias de dinheiro de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Mesmo depois das ações policiais, as atividades ilícitas persistiram, o que resultou na identificação de novos atores e núcleos componentes de uma rede criminosa internacional voltada para a lavagem de ativos ilícitos provenientes de diversos crimes.

Balanço, medidas de busca e apreensão: 

– 7 em Curitiba/PR;
– 1 em São José dos Pinhais/PR;
– 3 em São Caetano do Sul/SP;
– 1 em São Paulo/SP;
– 3 em Natal/RN;
1 em Ponta Porã/MS;
– 14 no Chuí/RS;
– 2 em Bagé/RS; e
– 2 em Aceguá/RS.

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