Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Oportunidade que transforma vidas: programa de bolsas para negros no exterior tem inscrições prorrogadas

Black STEM ajuda jovens brasileiros a estudar fora com apoio financeiro, mentorias e acompanhamento pessoal para impulsionar trajetórias acadêmicas e combater desigualdades
Black STEM oferece auxilio de R$ 35 mil para estudar no exterior
Black STEM oferece auxilio de R$ 35 mil para estudar no exterior

O sonho de estudar fora do Brasil pode parecer distante para muita gente, mas ele está cada vez mais ao alcance de jovens negros por meio de iniciativas como o edital Black STEM. A segunda edição do programa, que oferece bolsas de estudo complementares para estudantes negros brasileiros nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, teve seu prazo de inscrição prorrogado até o dia 12 de maio.

A iniciativa é do Fundo Baobá para Equidade Racial, em parceria com a B3 Social, e tem como foco principal apoiar a permanência desses estudantes em universidades estrangeiras. Mais do que uma bolsa, o programa oferece um verdadeiro suporte para que esses jovens consigam não só chegar ao exterior, mas permanecer e se desenvolver em cursos de alta exigência.

Nesta edição, o programa vai conceder três bolsas no valor de R$ 35 mil por pessoa. Esse valor será destinado a custear despesas como moradia, transporte, alimentação, materiais acadêmicos e mensalidades, aliviando o peso financeiro que muitas vezes impede talentos negros de darem esse passo na carreira acadêmica.

Além da ajuda em dinheiro, o Black STEM também oferece uma rede de apoio extensa. Os selecionados participam de mentorias individuais e coletivas, recebem acompanhamento psicológico, são conectados a lideranças negras e têm a chance de participar de ações desenvolvidas pelo próprio Fundo Baobá ou por instituições parceiras que compartilham do mesmo compromisso com a equidade racial.

Na prática, o programa vai muito além do aspecto financeiro. Ele aposta no desenvolvimento integral desses estudantes, oferecendo estrutura para que cada um se fortaleça enquanto pessoa e profissional, num ambiente acadêmico que muitas vezes pode ser solitário e excludente para quem não vem de uma trajetória privilegiada.

Em 2024, quatro jovens foram contemplados com o apoio do Black STEM. Hoje eles estudam em países como China, Estados Unidos e Portugal, em cursos que vão desde ciência da computação e engenharia aeroespacial até pilotagem marítima. O que esses estudantes têm em comum é a garra, a competência e a certeza de que podem ocupar qualquer espaço, desde que as portas estejam abertas.

Para se candidatar ao programa, é necessário ser uma pessoa negra (preta ou parda), brasileira nata ou naturalizada, aprovada em cursos de graduação nas áreas de ciências exatas, ciências experimentais, ciências da saúde, tecnologia, matemática ou engenharias em universidades fora do Brasil. A previsão de início do curso deve ser em 2025.

O edital também exige que o candidato já tenha conquistado algum tipo de bolsa, seja parcial ou integral, concedida pela própria universidade ou por alguma outra instituição. Também serão aceitos casos de estudantes em estágio avançado de processos seletivos para bolsas. Cursos oferecidos por universidades públicas no exterior com subsídio total ou parcial também estão dentro dos critérios de aceitação.

O resultado final do processo seletivo será divulgado no dia 8 de julho. As inscrições devem ser feitas pela internet, diretamente no site do Fundo Baobá, por meio do preenchimento de um formulário online.

O Black STEM é uma chance concreta de mudar vidas, ampliar horizontes e fazer com que o talento de jovens negros brasileiros brilhe em qualquer lugar do mundo. É também uma resposta direta às desigualdades históricas que dificultam o acesso de pessoas negras ao ensino superior de qualidade e às oportunidades internacionais.

Esse tipo de iniciativa é essencial para tornar o campo acadêmico mais diverso, mais justo e mais representativo da sociedade brasileira. Apoiar jovens negros a ocuparem espaços globais nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática é não apenas um gesto de reparação, mas um investimento no futuro do país.

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