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Mato Grosso do Sul, 11 de outubro de 2024
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Origem animal do novo coronavírus é ‘muito provável’, diz relatório da OMS

Foto: Nexu Science Communication
Foto: Nexu Science Communication

A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, provavelmente se espalhou para as pessoas por meio de um animal e não mais do que um ou dois meses antes de ser detectada em dezembro de 2019, de acordo com um novo relatório de 120 páginas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A busca pela origem da doença, no entanto, continua. O relatório detalha a investigação da OMS sobre as origens do novo coronavírus, mas ainda não oferece uma resposta conclusiva – e recomenda mais estudos.

“No que diz respeito à OMS, todas as hipóteses permanecem possíveis. Este relatório é um começo muito importante, mas não é o fim. Ainda não encontramos a origem do vírus, devemos continuar a seguir a ciência e não deixar de observar todas possibilidades”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.

“Encontrar a origem de um vírus leva tempo e devemos isso ao mundo para que possamos tomar medidas coletivas para reduzir o risco de que isso aconteça novamente. Uma única viagem de pesquisa não pode fornecer todas as respostas.”

O relatório, divulgado nesta terça-feira (30), dá quatro possíveis fontes para o vírus: transmissão direta de uma fonte animal, descrita como “transbordamento”; um hospedeiro animal intermediário que foi infectado por um morcego, seguido por transbordamento; contaminação através de alimentos congelados ou resfriados ou um vazamento acidental de um laboratório.

O relatório aponta que o transbordamento direto é considerado uma “via possível a provável”, enquanto a introdução por meio de um hospedeiro intermediário é considerada uma “via provável a muito provável”.

O estudo diz que a introdução por meio de produtos alimentícios é considerada uma “via possível” e que a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada “uma via extremamente improvável”.

O diretor da OMS pediu mais estudos sobre a questão. “A equipe relata que o primeiro caso detectado teve início dos sintomas em 8 de dezembro de 2019. Mas para entender os primeiros casos, os cientistas se beneficiariam do acesso total aos dados, incluindo amostras biológicas de pelo menos setembro de 2019”, disse Tedros.

“Em minhas discussões com a equipe, eles expressaram as dificuldades que encontraram para acessar os dados brutos. Espero que estudos colaborativos futuros incluam um compartilhamento de dados mais oportuno e abrangente”, acrescentou Tedros.

O relatório foi escrito por uma equipe internacional conjunta composta por 17 especialistas chineses mais 17 especialistas de outros países, a OMS, a Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos (GOARN) e a Organização Mundial para Saúde Animal (OIE).

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) participou como observadora.

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