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Mato Grosso do Sul, 30 de abril de 2024
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Padrasto que espancou menina de 3 anos até a morte diz que ‘bateu como se fosse um homem’

No despacho que converte o flagrante em preventiva, o juiz menciona que a brutalidade do crime revela a personalidade violenta do suspeito. “Com relação ao estado de liberdade, salta aos olhos a extrema gravidade concreta do delito
Na foto, Mike Oliveira Ramos com a pá enterrando a própria filha — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Na foto, Mike Oliveira Ramos com a pá enterrando a própria filha — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

A audiência de custódia de Carlos Henrique da Silva Junior, de 30 anos, suspeito da morte da enteada Lara Emanuelly Braga da Silva, de 3, realizada nesta terça-feira, em Benfica, na Zona Norte do Rio, que converteu a prisão em flagrante do padrasto da menina em preventiva, revela detalhes de como a criança foi espancada e morta, neste domingo, por não querer tomar banho.

Segundo o processo, o suspeito agrediu Lara por um tempo que varia de 30 a 40 minutos. De acordo com o despacho do juiz que analisou o caso, Carlos também mencionou ao depor na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) ter batido na criança como se estivesse batendo em um homem. Ela foi agredida chutes e tapas por um período que varia de 30 a 40 minutos.

Segundo o relato do suspeito, as agressões aconteceram dentro do box do banheiro da casa onde a menina morava, em Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela teria agredido a criança com tapas e chutes que fizeram com que a vítima batesse a cabeça na parede do banheiro por várias vezes. Um dos chutes acertou o tórax da menina, outro o abdômen, um terceiro nas pernas e um quarto na região íntima. Os golpes causaram diversas lesões, segundo o processo.

No despacho que converte o flagrante em preventiva, o juiz menciona que a brutalidade do crime revela a personalidade violenta do suspeito. “Com relação ao estado de liberdade, salta aos olhos a extrema gravidade concreta do delito, na medida em que o custodiado, de forma extremamente cruel, brutal e violenta, agrediu a sua própria enteada, uma criança de 3 anos de idade, com tapas e chutes tão intensos que levaram a vítima à morte, ainda no local dos fatos, sem que a menor tivesse qualquer chance de ser socorrida com vida, circunstâncias que revelam a personalidade extremamente violenta do custodiado, razão pela qual é necessária a sua segregação cautelar, para garantia da ordem pública”, escreveu o juiz num dos trechos da decisão.

Com a conversão do flagrante em prisão preventiva, Carlos Henrique da Silva Junior deverá ser transferido da Central de Custódias de Benfica para uma unidade do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A menina foi sepultada nesta terça-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.

Sobre o caso

A menina Lara Emanuelly Braga, de 3 anos, que morreu com sinais de espancamento no domingo, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi agredida porque não queria tomar banho. A informação é investigada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) que autuou em flagrante por homicídio qualificado (quando não há chance de defesa da vítima) Carlos Henrique da Silva Junior, de 30, padrasto da criança. Preso por policiais militares na residência onde o assassinato aconteceu, no Bairro Vila Rosali, o suspeito prestou depoimento na especializada e confessou a morte da enteada.

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