Na madrugada de segunda-feira, 17 de março, a Polícia Militar de Campo Grande prendeu um homem de 43 anos, suspeito de dopar e estuprar sua filha de 14 anos. O caso gerou grande repercussão na cidade, gerando discussões sobre abuso sexual infantil, violência doméstica e a importância da denúncia.
A prisão ocorreu após a mãe da adolescente perceber sinais de que algo estava errado com a filha. O caso teve início no domingo, 16 de março, quando a jovem passou o dia na casa do pai e deveria retornar à casa da mãe até as 17h. Porém, ao ultrapassar o horário combinado, a mãe perdeu contato com a filha, o que a levou a fazer diversas tentativas de comunicação sem sucesso. O pai, então, passou a responder as mensagens da filha, informando que ela não voltaria naquele dia e que ficaria em sua casa até o dia seguinte.
Desconfiada das justificativas do ex-companheiro, a mãe foi até a residência dele para buscar a filha, acompanhada de seu atual marido. Ao chegar lá, decidiu acionar a Polícia Militar após o pai insistir em não deixar a jovem voltar para casa. Quando os policiais chegaram ao local, o homem tentou convencer a mãe de que a filha não queria voltar, mas ao entregar a adolescente, o cenário parecia alarmante.
A jovem estava visivelmente alterada, com dificuldade para se manter em pé, sinais de desmaios e rigidez nas pernas. Foi nesse momento que a mãe percebeu que algo estava errado. A vítima contou à polícia que o pai lhe ofereceu um suco misturado com uma substância de gosto amargo e, depois, a forçou a cheirar um pó branco. A jovem inicialmente recusou, mas foi ameaçada pelo pai, que disse que ela não retornaria à casa da mãe caso não seguisse suas ordens. Após consumir a substância, a adolescente adormeceu e, ao acordar, percebeu que estava em outro cômodo da casa, com suas roupas desordenadas e do avesso, sem lembrar o que havia acontecido.
Preocupada com os sinais apresentados pela filha, a mãe a levou para um atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a médica constatou indícios claros de abuso sexual. O exame revelou agressões sexuais com uso de força física, sangramento vaginal e outros sintomas, como sonolência excessiva. A médica prontamente encaminhou o caso à Polícia Civil e, após investigação, o pai foi preso em flagrante por estupro de vulnerável.
Além do abuso físico, o caso evidencia a manipulação emocional exercida pelo pai, que forçou a filha a consumir substâncias prejudiciais e a controlou psicologicamente. A prisão do homem gerou apoio à mãe da adolescente, que agiu com coragem, mesmo diante das ameaças e pressões.
Este caso reforça a importância de denunciar abusos e de oferecer apoio psicológico e médico às vítimas. A rapidez nas denúncias e o trabalho das autoridades são essenciais para garantir justiça e proteção às vítimas de violência. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), que continua apurando os detalhes para que o responsável seja punido e a vítima receba todo o apoio necessário.
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