O novo projeto de lei do Governo Federal que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e cria uma tributação maior para as altas rendas foi bem recebido pela população. Uma pesquisa feita pela FSB/Nexus na última sexta-feira, 21 de março, revelou que entre 79% e 87% das opiniões nas redes sociais apoiam a medida, que já está no Congresso Nacional para análise.
No Facebook, 87% das postagens se mostraram favoráveis à isenção do imposto para quem ganha até R$ 5 mil, com reduções graduais até R$ 7 mil. No X, antigo Twitter, a aprovação foi de 82%, enquanto no Instagram o apoio ficou em 79%. O projeto ainda prevê que quem recebe acima de R$ 600 mil por ano e hoje paga menos de 10% de imposto passe a contribuir mais.
O debate sobre justiça tributária e social esquentou as redes e movimentou economistas. Para a professora de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais, Clara Zanon Brenck, a mudança faz o Brasil se aproximar de países como França e Alemanha, onde a tributação é mais progressiva. “Países mais desenvolvidos costumam cobrar mais de quem ganha mais, e essa proposta segue essa lógica, tornando o sistema mais justo”, explica a especialista.
Segundo o Ministério da Fazenda, a medida vai isentar cerca de 10 milhões de brasileiros do Imposto de Renda, o que representará uma renúncia fiscal de R$ 25,84 bilhões. Para compensar essa perda, a cobrança será aplicada a cerca de 141,3 mil contribuintes de alta renda. Entre os rendimentos que passarão a ser tributados estão dividendos e outras fontes que, até agora, eram isentas.
O governo destaca que nove em cada dez brasileiros que pagam Imposto de Renda hoje terão algum benefício com a mudança. Mais de 26 milhões de declarantes, o equivalente a 65%, ficarão totalmente isentos. Já a taxação das altas rendas atingirá apenas 0,13% dos contribuintes, o que representa 0,06% da população.
Para o pesquisador Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a proposta vai além da arrecadação e tem um impacto social importante. “Essa mudança é fundamental para reduzir desigualdades e está alinhada com o que a Constituição Federal determina como objetivo do país”, afirma Hecksher.
O projeto também prevê um mecanismo de reajuste automático da faixa de isenção do Imposto de Renda, corrigindo a tabela de forma periódica para evitar a defasagem acumulada ao longo dos anos. Segundo especialistas, essa é uma das principais reivindicações dos contribuintes, já que a última atualização significativa da tabela aconteceu há mais de uma década.
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil, a proposta estabelece alíquotas progressivas para rendas superiores a esse valor, garantindo que aqueles que têm maior capacidade contributiva paguem uma parcela justa de impostos. A ideia é equilibrar o sistema e tornar a carga tributária menos onerosa para a classe média e baixa.
Outra mudança importante é a tributação sobre os rendimentos de capital, como lucros e dividendos, que hoje são isentos para pessoas físicas. O governo argumenta que essa alteração corrige uma distorção do sistema atual, no qual trabalhadores assalariados pagam alíquotas mais altas do que empresários e investidores que recebem rendimentos sem tributação.
Enquanto o projeto avança no Congresso, o debate segue forte nas redes sociais e entre os especialistas. A expectativa agora é sobre a tramitação da proposta e possíveis ajustes até a aprovação final.
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