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Mato Grosso do Sul, 3 de maio de 2024
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Polícia esclarece morte de psicóloga, assassinada pelo próprio filho em Três Lagoas

No entanto, durante as investigações, foi apurado que, na verdade, ela sofreu feminicídio praticado pelo próprio filho. O autor, que é usuário de drogas, foi visto no rancho, bastante alterado, discutindo com a mãe
Simone do Nascimento tinha fraturas pelo corpo; testemunhas viram corpo sendo jogado
Simone do Nascimento tinha fraturas pelo corpo; testemunhas viram corpo sendo jogado

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) concluiu nesta terça-feira (16), com apoio da Delegacia de Polícia Civil de Andradina (SP), as investigações de caso de feminicídio ocorrido no dia 7 deste mês em Três Lagoas. Conforme as informações levantadas, a psicóloga Simone do Nascimento Kuzminskas, de 46 anos foi morta pelo filho Matheus Nascimento Kuzminskas, de 24 anos.

Inicialmente, a ocorrência deu entrada com alegação de suicídio. O filho da vítima havia informado que eles estavam voltando de um rancho em Três Lagoas para Andradina, quando a mãe teria se jogado do carro em movimento.

No entanto, durante as investigações, foi apurado que, na verdade, ela sofreu feminicídio praticado pelo próprio filho. O autor, que é usuário de drogas, foi visto no rancho, bastante alterado, discutindo com a mãe porque ele queria guiar o carro até a cidade.

“Nós localizamos testemunhas na Rodovia MS-320, que liga a área rural onde eles estavam até a zona urbana de Três Lagoas, que viram esta vítima parada na rodovia. A testemunha parou também. A vítima pediu ajuda e disse que estava sendo agredida pelo filho. E a testemunha viu o filho pegando a vítima pelo braço, pela nuca, a colocou novamente no carro e seguiu o caminho. Quando a testemunha olhou pelo retrovisor, ainda viu a vítima engatinhando pela rodovia. Depois, a última visão que se tem desta vítima, mais ou menos, em um raio de 8 km à frente, foram outras testemunhas que viram o corpo dela caindo de dentro do carro onde ela estava”, contou a delegada Letícia Mobis, titular da DAM de Três Lagoas e responsável pelas investigações.

De acordo com a delegada, esses elementos juntos de outros fatos apurados na investigação, principalmente a natureza das lesões no corpo e o histórico do filho, com passagem e prisão anterior por ter agredido a vítima em 2022, levaram a se pensar na tese de feminicídio.  Agora o caso vai ser encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para julgamento. 

Matheus permanece preso em SP, em função do flagrante que foi feito lá por embriaguez ao volante e omissão de socorro. A delegada Letícia Mobis pediu prisão preventiva dele e aguarda manifestação do Poder Judiciário.

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