Mato Grosso do Sul, 28 de abril de 2025
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Polícia Militar Ambiental do MS intensifica ações para proteger animais silvestres no Pantanal

Campanhas de conscientização buscam orientar moradores, ribeirinhos e turistas sobre práticas corretas e crimes ambientais
Imagem - Silas Ismael/PMA
Imagem - Silas Ismael/PMA

A vida no Pantanal é cheia de encontros com a natureza, mas para manter o equilíbrio entre gente e bicho, é preciso muita orientação e respeito. Pensando nisso, a Polícia Militar Ambiental (PMA) de Mato Grosso do Sul faz um trabalho contínuo de educação, indo muito além da fiscalização. Durante o ano inteiro, eles levam informação, alertam sobre os riscos e ensinam o que é certo e o que é crime quando o assunto são os animais silvestres.

Entre as maiores preocupações da PMA está a prática ilegal de “cevar animal”, que nada mais é do que deixar comida ou restos de alimento para atrair os bichos. Apesar de parecer inofensivo, isso é considerado maus-tratos pela Lei de Proteção à Fauna do Estado e pode trazer problemas sérios, tanto para o animal quanto para as pessoas.

“Todo ano fazemos campanhas nas estradas e nos principais destinos turísticos como Pantanal e Bonito, colocando cartazes e placas educativas. Nosso objetivo é conscientizar sobre a proibição da ceva, evitar maus-tratos e também reduzir os atropelamentos de animais”, explicou o major Diego Ferreira, comandante do 1º Batalhão da PMA.

Além das campanhas fixas, a PMA realiza ações intensificadas durante os períodos de maior movimento turístico, como a abertura da pesca. Com apoio de ONGs e instituições do terceiro setor, o trabalho ganha força com distribuição de panfletos, palestras e conversas diretas com ribeirinhos, pantaneiros e visitantes.

A convivência com animais como a onça-pintada, símbolo do Pantanal, é antiga e respeitosa. Ataques desses grandes felinos são raríssimos, como reforçou o major Diego. “Existe uma relação histórica de respeito. Mas é fundamental manter os cuidados, como não andar sozinho em trilhas, manter distância segura dos animais e nunca, em hipótese alguma, alimentar os bichos.”

Outro destaque importante no trabalho da PMA é a Expedição de Educação Ambiental, que já chegou à sua 10ª edição. A iniciativa acontece por via fluvial e dura uma semana, levando serviços de saúde, educação, assistência psicológica, distribuição de roupas e apoio jurídico às comunidades ribeirinhas. Durante a expedição, a conscientização sobre o respeito à fauna e flora locais é prioridade.

Quem também alerta para os riscos da má convivência é a professora Paula Helena Santa Rita, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), coordenadora do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap). Para ela, a prática da ceva é um dos maiores perigos.

“A onça-pintada, por natureza, evita o contato com humanos. Quando oferecemos alimento ou deixamos restos de pescaria, condicionamos o comportamento do animal. Ele perde o medo e se aproxima cada vez mais, aumentando o risco de encontros perigosos”, explicou Paula, que é bióloga e médica veterinária.

Paula lembra ainda que a movimentação das onças é ampla e natural, mas quando encontram comida fácil, tendem a ficar mais próximas de áreas habitadas. “Às vezes, a pessoa não percebe que está incentivando esse comportamento. Um simples resto de peixe esquecido perto do rio pode atrair uma onça.”

O biólogo e especialista em conservação da fauna, Gustavo Figueirôa, reforça essa visão. Segundo ele, ataques de onças a humanos são extremamente raros e acontecem em situações muito específicas, como proteção de filhotes, acasalamento ou quando o animal perde o medo dos humanos por conta da ceva.

“As onças são predadoras, mas não têm o ser humano como presa natural. Elas só atacam se se sentirem ameaçadas ou condicionadas de alguma forma. Por isso, tanto os moradores locais quanto os turistas precisam redobrar os cuidados, respeitar o espaço dos animais e seguir as orientações dos órgãos ambientais”, alertou Gustavo.

A mensagem que fica é clara: conviver com a natureza exige consciência. Alimentar animais silvestres é crime e também é colocar a própria vida em risco. Com respeito, informação e boas práticas, é possível manter viva a beleza e o equilíbrio do Pantanal para as futuras gerações.

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