Os dois policiais acusados de usar viatura da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul para traficar cocaína foram oficialmente afastados das funções. As portarias, assinadas pelo corregedor-geral Márcio Rogério Faria Custódio, foram publicas nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul.
Alexandre Novaes Medeiros e Anderson Cesar dos Santos, investigadores de polícia judiciária do quadro efetivo da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, estão presos.
Novaes foi preso em flagrante no dia 5 deste mês, mesma data em que 538 quilos de cocaína pura foram apreendidos em casa localizada no cruzamento das ruas Izzat Bussuan e Duque de Caxias, na Vila Rosa, região norte de Dourados (a 251 km de Campo Grande).
Anderson Cesar dos Santos não foi localizado naquele dia, teve a prisão preventiva decretada e se apresentou segunda-feira (11) na 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, onde os dois eram lotados. A carga foi avaliada em R$ 40 milhões e há suspeita de envolvimento de facções criminosas que atuam na linha internacional.
Ao determinar o afastamento compulsório de Alexandre Novaes Medeiros, o corregedor-geral cita a prisão em flagrante por tráfico de drogas e depois a conversão pela Justiça em prisão preventiva, e lembra que, além das medidas adotadas no âmbito criminal, o resultado das investigações em curso também será objeto de ação disciplinar no órgão.
O afastamento vale pelo prazo em que perdurar a medida imposta pela Justiça e determina o recolhimento das armas, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público destinados ao policial, além da suspensão de suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial e suspensão de férias e avaliação para fins de promoção.
Sobre Anderson Cesar dos Santos, o corregedor-geral cita que o afastamento ocorre em decorrência do mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça também por tráfico de drogas.
Assim como o colega, ele ficará afastado durante o período determinado pelo Poder Judiciário, com recolhimento das armas, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público e suspensão de suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados, além de suspensão de férias e avaliação para fins de promoção.