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Mato Grosso do Sul, 20 de abril de 2024
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Policial é condenado pela morte de George Floyd e pode ficar preso por até 75 anos

O ex-policial Derek Chauvin foi condenado hoje pela morte de George Floyd, homem negro que morreu após ser asfixiado por nove minutos no estado de Minneapolis, nos Estados Unidos. A decisão unânime é do júri popular que analisou o caso.

Chauvin foi condenado por assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo. A promotoria decidiu revogar a fiança para o crime de homicídio culposo. O ex-policial saiu do tribunal algemado.

A sentença de Derek Chauvin deve ser anunciada em oito semanas. Segundo o juiz Peter Cahill, que leu o veredito, os argumentos do ex-policial serão analisados “dentro de uma semana”, mas há outras etapas técnicas como a solicitação de um relatório de investigação pré-sentença. Somadas as condenações, , segundo informações pode ficar preso por até 75 anos.

Na semana passada, o ex-policial Chauvin decidiu não testemunhar em seu próprio julgamento alegando o direito contra a autoincriminação. Os promotores do caso convocaram quase 40 testemunhas durante as duas primeiras semanas do julgamento, iniciado no dia 29 de março, incluindo peritos médicos, policiais da ativa e aposentados e o funcionário da loja que recebeu o dinheiro falso de Floyd.

“Justiça dolorosa chegou”, diz família de Floyd.

Após a decisão, o advogado Ben Crump divulgou comunicado em nome da família de Floyd dizendo que a “dolorosa justiça chegou” e citou os outros três policiais que não foram indiciados no caso.

Comunicado da família de George Floyd

“Agradecemos ao procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison e sua equipe por sua intensa dedicação à justiça por George. Mas não termina aqui. Não esquecemos que os outros três oficiais que desempenharam seus próprios papéis na morte de George Floyd ainda devem ser responsabilizados por suas ações, também”, explicou a família. O comunicado referiu-se aos policiais Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao, que viram Chauvin ficar com o joelho no pescoço de Floyd e não agiram para evitar a morte da vítima.

Sentença anunciada quase 11 meses após a morte

No dia 25 de maio de 2020, policiais abordaram Floyd após acusações de que ele teria pago uma compra com uma nota falsa de US$ 20. Chauvin foi o único policial a ser indiciado pela morte de George Floyd. Depois da repercussão do caso, ele foi expulso da polícia de Minneapolis.

A morte de Floyd gerou comoção internacional e desencadeou os protestos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) contra o racismo e a truculência policial Chauvin continuou a pressionar o pescoço de Floyd mesmo quando ele estava algemado e repetia: “Eu não consigo respirar”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, assistiu ao anúncio do veredito e deve se pronunciar em breve, segundo a CNN dos EUA. Mais cedo, Biden considerou que as evidências sobre a responsabilidade de Chauvin são “esmagadoras”. Ontem, o presidente chegou a telefonar a parentes de Floyd para “ouvir as notícias sobre eles e assegurar-lhes que estava orando por eles”, disse uma porta-voz da Casa Branca.

O julgamento

O vídeo chocante de Floyd agonizando sob o joelho do policial foi o foco da abertura da argumentação no julgamento pela morte que abalou os Estados Unidos. A promotoria buscou mostrar que Chauvin não tinha justificativa para sua ação de nove minutos que acabou asfixiando Floyd, detido por uma contravenção.

Já a defesa de Chauvin alegou que pode provar que Floyd estava drogado, o que teria forçado os policiais a serem mais duros, e que sua morte se deve mais às drogas e a seus problemas de saúde do que à asfixia.

Donald Williams, um instrutor de artes marciais que estava no local do assassinato, afirmou ter dito a Chauvin que sua maneira de imobilizar Floyd pelo pescoço era equivalente a uma manobra perigosa usada em combates chamada de “blood choke”, ou “sufocamento de sangue”.

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