A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cassou a aposentadoria de José Lauriano de Assis Filho, conhecido como Zezé. Ele é envolvido no caso Eliza Samudio, e, inicialmente, foi absolvido, depois condenado a 22 anos por participação no crime, mas a Justiça anulou a sentença.
A decisão da Polícia Civil foi publicada no Diário Oficial do Estado, conhecido como Minas Gerais, no último sábado (23 de setembro). Segundo a publicação, a medida foi tomada após o servidor cometer várias transgressões.
Em nota enviada à reportagem, a Polícia Civil disse apenas que “o ex-policial civil deixará de receber os proventos decorrentes da aposentadoria, em virtude da condenação de processo administrativo”.
A medida revoltou o advogado de Zezé, Rodrigo Simplício. Não tem qualquer motivo para cassar aposentadoria dele. Recebo com muita surpresa essa notícia, já que a própria comissão processante manifestou pela improcedência no processo administrativo.
Para o advogado, o poder público está “repleto de pessoas incompententes, arbitrárias e autoritárias”, e que o seu cliente “será apenas mais um policial civil que será reintegrado pelo Judiciário”. Simplício afirmou que deve recorrer da decisão à Justiça.
O processo
Zezé foi condenado pelo Tribunal do Júri a 22 anos de prisão por homicídio e sequestro e cárcere privado de Bruninho. A segunda instância da Justiça mineira, entretanto, anulou a condenação por homicídio em setembro do ano passado. Desde então, o processo voltou à estaca zero em Contagem, na região metropolitana.
Na última semana, o juiz Elexander Camargos Diniz abriu prazo para que o Ministério Público recorra ou não da decisão.
Denúncia
Zezé é acusado de ajudar a manter Elisa e o bebê em cárcere privado até o dia 10 de junho, quando a mulher foi assassinada. Ele também teria ajudado o policial Marcos Aparecido de Souza, o Bola, a matar a modelo e teria corrompido o adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa para ajudá-lo a ocultar o cadáver de Elisa.