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Mato Grosso do Sul, 2 de maio de 2024
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Policial Militar reformado que assassinou empresário durante audiência no Procon morre em presídio de Campo Grande

No domingo, a esposa de José Roberto fez a última visita ao policial. Ele estava bastante debilitado, conforme informou o advogado
José Roberto de Souza, durante audiência em julho de 2023 (Foto: Alex Machado | Arquivo)
José Roberto de Souza, durante audiência em julho de 2023 (Foto: Alex Machado | Arquivo)

Morreu nesta sexta-feira (19) o policial militar reformado José Roberto de Souza, 54 anos, preso em fevereiro de 2023 por matar a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67 anos, durante uma audiência no Procon (Secretaria Executiva para Orientação e Defesa do Consumidor), na região central de Campo Grande.

José Roberto estava no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande, e a informação foi divulgada pelo advogado José Roberto da Rosa, que atua na defesa do policial reformado. A causa da morte ainda não foi informada.

O militar passava por problemas cardíacos e foi encaminhado para hospital na noite de quarta-feira (17), onde morreu nesta sexta-feira, mas ainda não há confirmação do horário.

No domingo, a esposa de José Roberto fez a última visita ao policial. Ele estava bastante debilitado, conforme informou o advogado.

Em coletiva com a imprensa, o advogado ressaltou que tentou 6 pedidos de habeas corpus para que José Roberto fizesse o tratamento para os rins. “O último pedido foi feito hoje de manhã”, pontuou.

Por fim, o advogado informou que a família deve entrar com pedido de indenização contra o Estado.

O militar aposentado se entregou à polícia no dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após matar a tiros Antônio. Ele foi até à 1ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado do advogado e em seguida foi encaminhado para o presídio.

Na época, a defesa chegou a dizer que o empresário ofendeu o policial por algumas vezes o chamando de “policinha” e “neguinho” e que a discussão por R$ 600 durante a audiência no Procon foi o “estopim”. Já o militar alegou em audiência ter lapsos de memória e que não queria ter ido à audiência.

Em dezembro, o policial teve de ser internado por desnutrição e após um surto psicótico. Na época, a defesa iria pedir à Justiça que ele fosse transferido para o hospital psiquiátrico Nosso Lar.

Contudo, o Tribunal do Juri de Mato Grosso do Sul solicitou ao juiz da 1ª Vara das Execuções Penais da Capital, Dr. Fernando Chemin Cury, a transferência do PM para a cela 17 do Centro de Triagem, onde ficam ex-policiais e presos com formação de ensino superior, com melhores condições de atendimento e médico em período integral.

Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Prisional) informou que:

O custodiado possuía uma série de comorbidades e recebia atendimento médico regular no Módulo de Saúde do Complexo Penitenciario desde que deu entrada no Centro de Triagem, além de ter passado por consultas com especialistas em atendimentos externos particulares. Na quarta-feira (17.4), ao passar por atendimento médico no Módulo de Saúde foi encaminhado para atendimento hospitalar, ficando internado em hospital particular e veio a falecer no local nesta sexta-feira (19.4). Dessa forma, toda assistência possível foi prestada ao custodiado, conforme pode ser comprovado pelo prontuário médico, sendo tudo também acompanhado pelo Ministério Público e Poder Judiciário”.

No dia 24 de fevereiro de 2023, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra José Roberto por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em setembro, ele foi pronunciado pelo crime e passaria por julgamento em Tribunal do Júri, mas a data ainda não havia sido marcada.

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