Mato Grosso do Sul, 1 de julho de 2025
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Ponte Bioceânica avança em ritmo acelerado e promete transformar a logística e o comércio no Brasil e na América do Sul

Construção sobre o rio Paraguai alcança 76% e deve ser concluída em 2026, conectando Brasil e Paraguai ao corredor bioceânico que liga os oceanos Atlântico e Pacífico
Ponte Bioceânica está sendo construída entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai - Foto: MOPC/PY
Ponte Bioceânica está sendo construída entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai - Foto: MOPC/PY

A construção da Ponte Bioceânica sobre o rio Paraguai, ligando os municípios de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Paraguai, alcançou recentemente a marca expressiva de 76% de sua conclusão. Este empreendimento, que integra uma das mais ambiciosas obras de infraestrutura da América do Sul, tem como objetivo conectar diretamente o Brasil ao Paraguai, integrando as rodovias sul-mato-grossenses ao corredor bioceânico que atravessa o continente, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico por meio de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

O impacto da ponte transcende a mera conexão física, pois representa um marco na integração regional, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento econômico, social e comercial da região, especialmente de Mato Grosso do Sul, que se posiciona como um polo estratégico no cenário sul-americano.

Atualmente, a obra se encontra na fase avançada da construção das estruturas principais das vias de acesso, com a execução dos elementos complementares que visam garantir a segurança e a funcionalidade da ponte, como as guias anticolisão e barreiras antissuicídio. Os mastros de sustentação já atingiram a vigésima das 27 elevações previstas para cada lado da estrutura, enquanto o complexo processo de pós-tensionamento dos cabos estaiados está em andamento, garantindo a estabilidade e a resistência necessárias para suportar o trânsito intenso previsto.

No lado brasileiro, os trabalhos avançam na implantação da alça de acesso à ponte, localizada em Porto Murtinho, que contará com 13,1 quilômetros de extensão, estabelecendo conexão direta com a BR-267. Além disso, está prevista a construção do contorno rodoviário da cidade e de um centro aduaneiro estratégico para o controle eficiente do fluxo fronteiriço entre Brasil e Paraguai, elemento fundamental para agilizar a movimentação comercial e garantir a segurança nas operações.

O investimento total no lado brasileiro alcança R$ 427 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), reforçando o compromisso do governo federal com a ampliação da infraestrutura nacional e a promoção do desenvolvimento regional. Paralelamente, o Paraguai investe cerca de R$ 575,5 milhões na obra, por meio de recursos da administração de Itaipu Binacional, consolidando o caráter binacional e estratégico do projeto.

A ponte terá aproximadamente 1,3 quilômetro de extensão, dividida em três segmentos principais: dois viadutos de acesso em ambos os lados da fronteira e o trecho estaiado de 632 metros que atravessa o rio Paraguai, contando com um vão central de 350 metros. Esta estrutura foi projetada para permitir o tráfego de veículos pesados e o escoamento eficiente de cargas, além de garantir a passagem segura de embarcações pela hidrovia, fator essencial para a logística da região.

O consórcio PYBRA, formado pelas empresas brasileiras Cidade e Paulitec e pela paraguaia Tecnoedil, é o responsável pela execução da obra, sob a fiscalização rigorosa do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do Paraguai. A previsão oficial é que a ponte esteja pronta em fevereiro de 2026, apesar do pequeno atraso registrado no cronograma inicial.

Benefícios e impactos para Mato Grosso do Sul e o Brasil

A importância da Ponte Bioceânica para Mato Grosso do Sul é imensa e multifacetada. O estado, cuja economia é amplamente sustentada pelo agronegócio, deve experimentar uma revolução em seu sistema logístico com a melhoria substancial no escoamento da produção. A ligação direta com o Paraguai, através da ponte, reduzirá significativamente o tempo e o custo do transporte, tornando a exportação brasileira mais competitiva no mercado internacional, especialmente nos mercados asiáticos e do Pacífico, até então de difícil acesso.

Além do impacto no agronegócio, a infraestrutura contribuirá para diversificar a economia local, estimulando setores como comércio, serviços, turismo e indústria, fomentando a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável. Campo Grande, como capital e centro econômico da região, deve beneficiar-se do aumento da movimentação econômica e da possibilidade de atrair investimentos relacionados à logística e ao comércio exterior.

A Ponte Bioceânica também representa um avanço na integração regional, fortalecendo os laços comerciais, culturais e sociais entre Brasil e Paraguai, e promovendo maior cooperação entre os países da América do Sul. A facilidade no trânsito de pessoas e mercadorias deve estimular o turismo de fronteira e o intercâmbio cultural, contribuindo para a construção de uma região mais unificada e próspera.

Outro benefício importante reside no fortalecimento das cadeias produtivas e da competitividade do Brasil no cenário global. Com a redução dos custos logísticos e o acesso facilitado a portos do Pacífico, as empresas brasileiras poderão expandir suas fronteiras comerciais, acessando novos mercados e diversificando suas parcerias comerciais. Isso é particularmente estratégico para Mato Grosso do Sul, que é um dos maiores produtores agrícolas do país.

Finalmente, a Ponte Bioceânica simboliza a aposta em um futuro sustentável e conectado, onde investimentos em infraestrutura são fundamentais para garantir o desenvolvimento equilibrado e inclusivo. A obra reforça o papel do Brasil como protagonista regional e global, aberto ao comércio e à cooperação internacional, preparado para os desafios do século XXI.

Em resumo, a construção da Ponte Bioceânica não é apenas um feito de engenharia monumental, mas uma promessa concreta de transformação econômica, social e cultural para Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o Brasil e toda a América do Sul.

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