O clima ainda é um ponto importante para a formação de preços da soja na bolsa de Chicago. Nesta quarta-feira (3/1), os lotes da oleaginosa que vencem em março subiram 0,27%, a US$ 12,77 o bushel.
“Na última semana choveu bem, e os mapas de previsão que vinham ruins melhoraram, mostrando bom volume de precipitações em praticamente todas as regiões produtoras até meados de janeiro”, destaca Etore Baroni, consultor de gerenciamento de risco da StoneX.
Recentemente, a consultoria reduziu para 152,8 milhões de toneladas sua previsão para a colheita no Brasil neste ciclo, redução de 5,6% em relação à estimativa divulgada em dezembro.
Ainda segundo ele, por mais que regiões como Mato Grosso, Goiás, e algumas áreas do Matopiba (confluência do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tenham problemas de perdas no potencial produtivo, regiões do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul têm condições muito boas nesse momento.
Milho
Os preços do milho também subiram em Chicago. Os contratos com entrega para março avançaram 0,32%, para US$ 4,6525 o bushel.
Uma recente melhora nas condições de clima para as lavouras de milho do Brasil amenizou momentaneamente as preocupações com a produção da segunda safra no país.
Analistas dão como certa uma redução na área e no tamanho da safra a ser colhida em 2023/24. Mas, para Etore Baroni, da StoneX, ainda é muito cedo para os investidores em Chicago precificar esse cenário.
“As altas para o milho vão ficar mais concentradas no mercado interno por enquanto, já que a colheita americana foi excepcional nesta safra. Mas a possível redução na oferta do Brasil deve provocar valorização do milho em Chicago ainda neste primeiro trimestre”, projeta o consultor.
Segundo projeções mais recentes da StoneX, a segunda safra de milho no Brasil sairá de 108 milhões de toneladas em 2022/23, para 97 milhões que deverão ser produzidas neste ciclo.
Trigo
Após uma forte baixa, de mais de 3% na sessão da véspera, o trigo voltou a ser negociado com preços em queda na bolsa de Chicago. Os lotes para janeiro terminaram o dia cotados a US$ 6,0025 o bushel, recuo de 1,07%.
A retração da demanda pelo trigo americano justificou o movimento de queda nesta quarta. Soma-se a isso, as boas condições para as lavouras de inverno no país.
No Kansas, maior Estado produtor, do total semeado, 48% dos cultivos estão em boas condições, percentual acima dos 36% do relatório divulgado no final de novembro pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
