Mato Grosso do Sul, 27 de março de 2025
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Preço da soja despenca após USDA contrariar apostas nas projeções de analistas

O primeiro ponto negativo para os preços foram os números para o Brasil. Enquanto muitos esperavam uma projeção de safra na casa dos 156 milhões de toneladas, o USDA apontou 157 milhões

A projeção de aumento na safra de soja da Argentina, um corte aquém do esperado para a produção brasileira e ainda uma elevação surpresa na produção dos Estados Unidos foram determinantes para o recuo nos preços da soja na bolsa de Chicago.

Nesta sexta-feira (12/1), os contratos com vencimento em março caíram 0,99%, para US$ 12,2425 o bushel. O fechamento de hoje levou os preços ao menor patamar desde maio do ano passado, segundo cálculos do Valor Data.

Em seu relatório de oferta e demanda mundial de soja, divulgado nesta sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) contrariou as apostas de agentes de mercado para a safra na América do Sul em 2023/24.

O primeiro ponto negativo para os preços foram os números para o Brasil. Enquanto muitos esperavam uma projeção de safra na casa dos 156 milhões de toneladas, o USDA apontou 157 milhões. Na Argentina, a estimativa do governo americano é de 50 milhões de toneladas, ou 1 milhão a mais que a projeção de analistas.

“Os números chamam a atenção, pois o mercado já esperava redução de oferta [no Brasil], e ajustes para cima, porém mais tímidos na Argentina, já que o país também enfrentou problemas de seca no início da safra”, destaca João Pedro Lopes, analista da StoneX.

O quadro de baixa se acentuou, acrescenta ele, após um aumento inesperado para a safra de soja americana. O USDA elevou em 0,85% a previsão de colheita no país em relação a dezembro, que agora deverá ser de 113,34 milhões de toneladas, acima também das 112,13 milhões na aposta de analistas de mercado.

“Esse dado traz um alívio para os estoques nos EUA que vinham muito apertados”, comenta Lopes. Nesse sentido, o departamento americano promoveu um forte ajuste para cima, de 14% nos estoques finais locais nesta safra, agora projetados em 7,62 milhões de toneladas.

A posição dos estoques da oleaginosa no acumulado da safra até 1º de dezembro também deram o tom negativo em Chicago. Os americanos detinham em suas reservas 80 milhões de toneladas de soja. Ainda que o volume fique 1% abaixo daquele observado um ano antes, ele é maior que a aposta dos analistas, que previam 78,93 milhões de toneladas.

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