colheita da safra 2024/25 está bem abaixo do esperado. De acordo com a consultoria Pátria Agronegócios, até agora apenas 3,39% da área plantada foi colhida, enquanto no mesmo período do ano passado, o percentual era de 9,46%. A média dos últimos cinco anos é de 7,99%, o que demonstra um grande atraso neste ano.
O ritmo lento da colheita tem sido motivo de preocupação, já que o atraso pode afetar o planejamento logístico, a qualidade dos grãos e a janela de exportação. Os produtores temem que as chuvas frequentes e as condições climáticas adversas prejudiquem ainda mais os trabalhos no campo.
Mercado internacional pressionado
Enquanto o preço da soja sobe no mercado interno, a situação é diferente na bolsa de Chicago. O preço da oleaginosa para março fechou em queda de 0,92%, sendo negociado a US$ 10,5575 por bushel. A desvalorização se deve, em parte, à decisão do governo argentino de reduzir as taxas de exportação sobre produtos agrícolas, conhecidas como “retenciones”. Isso aumentou a concorrência no mercado internacional e pressionou os preços para baixo.
Preços da soja nas principais regiões do Brasil
Apesar da queda internacional, os preços da soja continuam valorizados nas principais regiões do Brasil. Segundo levantamento da Scot Consultoria, os valores por saca de 60 kg são os seguintes:
- Luís Eduardo Magalhães (BA): R$ 120,50
- Rio Verde (GO): R$ 120,00
- Balsas (MA): R$ 121,00
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 127,00
- Dourados (MS): R$ 118,50
- Santos (SP): R$ 134,00
- Rio Grande (RS): R$ 140,00
Nos portos, os preços também seguem firmes, refletindo a alta demanda e as incertezas quanto ao ritmo da colheita.
O que esperar para os próximos dias?
Especialistas apontam que o comportamento dos preços dependerá do ritmo da colheita e das condições climáticas nas próximas semanas. Caso os atrasos persistam, os preços internos podem continuar subindo, especialmente nas regiões produtoras que dependem de janelas climáticas mais curtas.
Os produtores devem ficar atentos ao mercado internacional, que pode trazer novas pressões baixistas devido à maior oferta global, principalmente com a entrada da soja argentina e americana no mercado.
A expectativa é que, mesmo diante das oscilações, a demanda permaneça aquecida, impulsionada pelo setor de exportação e pela indústria de alimentos e biocombustíveis.
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