O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, lamentou a morte de mais de 100 civis nas explosões que ocorreram durante passeata em homenagem ao general iraniano Qassem Soleimani, na cidade de Kerman, ao leste do país, nesta quarta-feira (3/1).
De acordo com o gabinete do governo iraniano, Raisi reforçou que as explosões ocorreram no aniversário do “martírio” de Soleimani. O líder da nação do Oriente Médio ainda destacou a “desumanidade do comportamento anti-iraniano”.
“Sem dúvida, os autores deste ato covarde e hediondo serão, em breve, identificados e punidos pelas forças de segurança competentes e pela aplicação da lei ”, afirmou o líder iraniano.
“Os inimigos da nação deveriam saber que tais ações nunca poderão perturbar a sólida determinação da nação iraniana”, completou Raisi.
Após os bombardeios em Kerman, o governo do Irã declarou luto público em todo o país nesta quinta-feira (4/1).
Putin: mortes são “chocantes” e “cruéis”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lamentou e prestou condolências após os bombardeios em Kerman ceifarem mais de 100 civis e deixarem ao menos 141 feridos. Para o líder russo, o ataque é “chocante pela sua crueldade e pelo seu cinismo”. A informação é da agência de notícias Al Jazeera.
“O assassinato de pessoas pacíficas que visitavam o cemitério é chocante pela sua crueldade e pelo seu cinismo”, declarou Putin em uma carta ao presidente Ebrahim Raisi e ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Explosões no Irã
Duas explosões (veja abaixo) mataram ao menos 103 civis que participavam de uma procissão até o túmulo do general iraniano Qassem Soleimani, morto em um ataque com drone dos Estados Unidos, em 2020.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou as explosões em Kerman, classificadas pelo governo iraniano como “atentado terrorista“.
De acordo com a imprensa local, a primeira explosão ocorreu a cerca de 700 metros do túmulo de Soleimani. Há diversos corpos espalhados pelo chão.