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Mato Grosso do Sul, 23 de abril de 2024
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Primeira vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil, em Interlagos, completa 30 anos

O Ayrton sempre fez questão de dividir suas vitórias e títulos com a torcida brasileira
O Ayrton sempre fez questão de dividir suas vitórias e títulos com a torcida brasileira

Uma das vitórias mais marcantes da carreira do tricampeão mundial Ayrton Senna completa 30 anos nesta quarta-feira. Mesmo quem não acompanhava a Fórmula 1 ou sequer era nascido em 24 de março de 1991 sabe do roteiro dramático que envolveu o GP do Brasil no autódromo de Interlagos, em São Paulo, naquele ano. Com chuva, apenas com a sexta marcha funcionando no carro e com imenso esforço físico, o piloto conseguiu a então inédita vitória dentro de casa.

Porém, para resgatar a história, o Estadão procurou detalhes de bastidores com pessoas que estavam no autódromo de Interlagos naquela tarde. Ganhar o GP do Brasil era um feito que Senna se cobrava muito para conquistar. Embora já tivesse na época dois títulos mundiais, o piloto da McLaren sonhava em vencer diante da própria torcida. A façanha veio sob chuva e em uma corrida complicada.

Em entrevista, a irmã mais velha de Ayrton, Viviane Senna, comentou que em família o piloto sempre comentava o quanto queria vencer o GP do Brasil. “O Ayrton sempre fez questão de dividir suas vitórias e títulos com a torcida brasileira. Ele sabia o quanto isso era importante para o nosso País naquele momento tão difícil que o Brasil enfrentava. Por isso, a vitória diante dos brasileiros era ainda mais especial e nos anos anteriores ela sempre escapava de alguma forma. E veio de uma maneira incrível em 1991”, contou.

A corrida se tornou emblemática para os torcedores porque Senna viveu uma enorme dificuldade. Após largar na pole position e liderar o GP inteiro, nas voltas finais o piloto enfrentou um problema. Aos poucos as marchas não entravam e restou a ele guiar o circuito inteiro apenas com a sexta marcha. A dificuldade maior era nas curvas de baixa velocidade. Era preciso um esforço para manter o motor em funcionamento e o carro na pista.

Para se ter uma ideia, a 10 voltas do fim o brasileiro tinha 40 segundos de vantagem para o segundo colocado, o italiano Riccardo Patrese, da Williams. Depois disso o rendimento da McLaren decaiu demais e Senna completou a corrida somente três segundos à frente do adversário. Se a corrida fosse um pouco mais longa, certamente Senna seria ultrapassado.

Viviane e os pais, Neyde e Milton, acompanharam tudo do autódromo com enorme apreensão. A vitória foi um alívio para todos, que viram Senna terminar a prova tão esgotado que mal tinha forças para levantar o troféu. “A gente só veio a saber de tanto esforço físico e do drama de só estar com a sexta marcha quando ele acabou a corrida e terminou vencendo. A exaustão foi impressionante e vale lembrar que o Ayrton já era um exemplo de atleta e condicionamento físico em 1991”, contou a irmã do tricampeão.

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