O agronegócio brasileiro inicia o ano de 2025 com resultados promissores no setor de produção animal. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 13 de maio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os três primeiros meses do ano mostraram crescimento expressivo no abate de bovinos, suínos e frangos, além de elevação nas aquisições de leite e na produção de ovos de galinha e couro cru.
Os dados integram as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, que fornecem um retrato fiel da atividade pecuária nacional, fundamental para a economia do país e o abastecimento do mercado interno e externo.
No segmento de bovinos, o Brasil abateu 9,71 milhões de cabeças no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 3,8% em comparação ao mesmo período de 2024. Quando comparado ao quarto trimestre do ano anterior, houve crescimento de 1,5%. Já a produção total de carcaças bovinas atingiu 2,45 milhões de toneladas, indicando elevação de 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, embora tenha havido uma retração de 2% frente ao último trimestre de 2024.
O setor de suínos também apresentou avanço, ainda que de forma mais modesta. Foram abatidas 14,25 milhões de cabeças no primeiro trimestre de 2025, número que revela um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, houve uma pequena queda de 0,2% em comparação com os três meses finais de 2024. O peso das carcaças suínas somou 1,31 milhão de toneladas, com alta de 1,9% sobre o primeiro trimestre de 2024 e leve acréscimo de 0,2% em relação ao trimestre anterior.
Entre as aves, o destaque ficou com o frango. Foram abatidas 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre, registrando um aumento de 2,3% em comparação com o mesmo período de 2024, e 0,9% em relação ao quarto trimestre do ano passado. O peso acumulado das carcaças de frango alcançou 3,45 milhões de toneladas, representando crescimento de 2,3% e 2,6%, respectivamente, em relação aos dois períodos comparativos.
A produção de leite também apresentou sinais positivos. No primeiro trimestre de 2025, a aquisição de leite cru por estabelecimentos com inspeção sanitária chegou a 6,48 bilhões de litros, aumento de 3,1% em comparação ao mesmo trimestre de 2024. Apesar do desempenho satisfatório, o volume ainda ficou 4,5% abaixo do registrado no último trimestre de 2024, o que reflete a sazonalidade da atividade leiteira.
No setor coureiro, os curtumes que participaram da pesquisa informaram ter recebido 10,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, crescimento de 8,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 1,3% frente ao quarto trimestre daquele ano. O dado revela não apenas a ampliação da oferta de matéria-prima, mas também a recuperação gradual de segmentos industriais ligados ao couro, como o calçadista e o moveleiro.
Por fim, a produção de ovos de galinha alcançou 1,16 bilhão de dúzias no período analisado. O número representa um acréscimo de 5,6% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, embora ainda 3,2% inferior ao que foi registrado nos três últimos meses de 2024. A alta produção reflete o bom momento da avicultura de postura, impulsionada pela demanda crescente por proteína acessível.
Os resultados revelam a resiliência do setor agropecuário brasileiro, mesmo em meio aos desafios logísticos, climáticos e econômicos enfrentados no país. O desempenho positivo das cadeias produtivas de carne, leite, couro e ovos reforça o papel do Brasil como um dos principais protagonistas mundiais na produção de alimentos de origem animal.
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