Mato Grosso do Sul, 8 de maio de 2025
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Projetos culturais levam cinema gratuito e de qualidade a comunidades com pouco acesso à arte

Iniciativas como o Cinema Inflável e o Open Air Brasil promovem inclusão, diversidade e formação cultural em regiões periféricas do país com apoio da Lei Rouanet
Cinema itinerante e ao ar livre: projetos culturais democratizam o acesso à cultura no Brasil
Cinema itinerante e ao ar livre: projetos culturais democratizam o acesso à cultura no Brasil

Cinema itinerante e ao ar livre ganham força em diversos cantos do Brasil com dois projetos que buscam transformar a relação do público com a sétima arte. Com sessões gratuitas e programação diversificada, o Cinema Inflável e o Open Air Brasil levam cultura a quem pouco tem acesso, utilizando o cinema como ferramenta de reflexão, lazer e formação cidadã.

Apoiados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet, os dois projetos estão sob a coordenação da produtora D+3. Segundo Renato Byington, diretor da produtora, o objetivo vai além do entretenimento: é oferecer uma experiência rica, capaz de tocar o público com histórias que falam de amor, política, identidade e cotidiano.

A curadoria das sessões é pensada com cuidado para misturar o cinema popular com o autoral, o nacional com o internacional. De acordo com Renato Byington, trata-se de um convite para celebrar a diversidade estética e cultural do cinema, promovendo uma vivência coletiva que respeita as diferenças e valoriza todas as vozes.

O Cinema Inflável estreou em maio no Distrito Federal e Goiás, com sessões gratuitas em Ceilândia e Vila Telebrasília. A estrutura inclui uma tela inflável de 10 por 6 metros, com capacidade para até 800 pessoas por exibição. Além dos filmes, o projeto conta com distribuição de pipoca, oficinas culturais, apresentações artísticas e rodas de conversa com participação de coletivos locais e Pontos de Cultura.

A programação inclui obras como Pantera Negra, Saneamento Básico, Nosso Sonho, Viva: A Vida é uma Festa, Milton Bituca Nascimento, Kasa Branca, Barbie, Moana 2 e Estrelas Além do Tempo. Até setembro, o Cinema Inflável deve realizar 12 edições, incluindo uma passagem pela Bahia.

Desde sua criação em 2013, o projeto já teve 14 edições no Rio de Janeiro e busca ampliar sua atuação, priorizando regiões com baixo acesso a espaços culturais. Além do impacto simbólico e social, a iniciativa também movimenta a economia local com a geração de empregos temporários e o estímulo ao comércio.

Já o Open Air Brasil retorna ao país após nove anos e traz a maior tela de cinema a céu aberto do mundo, com 325 metros quadrados, projeção em 4K e som Dolby Digital Surround. A temporada começa em Brasília entre os dias 3 e 15 de junho e segue para Salvador entre 30 de setembro e 12 de outubro. As edições no Rio de Janeiro e em São Paulo estão previstas para 2026.

O projeto oferece recursos de acessibilidade, como audiodescrição e legendas, e combina cinema com música. Ao longo de sua trajetória, o Open Air realizou 33 edições em sete cidades brasileiras, além de Lisboa e Madri, com mais de 750 mil espectadores, 650 filmes exibidos e 145 shows. Já passaram pelo palco nomes como Preta Gil, Lulu Santos, Gloria Groove, Marcelo D2 e Buchecha.

Ambos os projetos são financiados por meio da Lei Rouanet. O Open Air captou R$ 5,5 milhões e o Cinema Inflável arrecadou R$ 3,98 milhões. Renato Byington destaca que sem o incentivo público, esses eventos teriam ingressos até dez vezes mais caros, limitando o acesso da população.

Ele reforça que a Lei Rouanet não é apenas um mecanismo de financiamento, mas um instrumento de democratização cultural, de formação educacional e de estímulo à economia criativa.

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