Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Proposta de Trump para tomar Gaza gera rejeição Global: Aliados e Rivais do EUA se unem contra a ideia

Desde o Oriente Médio até os Estados Unidos, a proposta de Trump de realocar palestinos de Gaza causa polêmica e reacende tensões internacionais
Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca 04/02/2025 
 - Imagem - Elizabeth Frantz
Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca 04/02/2025 - Imagem - Elizabeth Frantz

A mais recente proposta de Donald Trump, durante uma entrevista coletiva no dia 4 de fevereiro de 2024, de que os Estados Unidos assumiriam o controle da Faixa de Gaza e realocariam seus 2,2 milhões de habitantes, foi amplamente rejeitada por uma onda de críticas internacionais. A ideia de Trump, apresentada ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rapidamente se tornou um tema polêmico em várias partes do mundo, com aliados e rivais dos Estados Unidos condenando a medida.

A Arábia Saudita, um dos mais importantes parceiros dos EUA no Oriente Médio, foi uma das primeiras a expressar sua oposição veemente à proposta. A Rejeição Absoluta foi clara. O governo saudita reafirmou sua posição firme e inabalável em favor da criação de um Estado Palestino independente, destacando a violações dos direitos do povo palestino que a proposta de Trump poderia acarretar.

Não foi apenas a Arábia Saudita que criticou o plano. Egito e Jordânia, duas potências influentes da região, também se uniram contra a ideia de Trump. Em declarações rápidas, ambos os países reafirmaram seu compromisso com a solução de dois Estados e a autodeterminação dos palestinos, condenando qualquer tentativa de remoção forçada da população de Gaza.

O Hamas, grupo militante que teve um papel central no início da guerra em Gaza ao invadir Israel em outubro de 2023, também criticou veementemente a sugestão de Trump, classificando-a como a “receita para o caos e tensão na região”. Para o grupo, a proposta não apenas representaria um ataque à soberania palestina, mas também poderia aumentar ainda mais a violência e a instabilidade no Oriente Médio.

A oposição também se fez sentir nos Estados Unidos, onde a proposta gerou fortes reações entre políticos da oposição. O senador democrata Chris Coons, de Delaware, não poupou palavras e chamou a ideia de Trump de “ofensiva, insana, perigosa e tola”. Para ele, a sugestão poderia agravar ainda mais a situação já delicada de tensão racial e política no país.

A deputada democrata Rashida Tlaib, de Michigan, também se manifestou, acusando o ex-presidente dos EUA de “promover a limpeza étnica” ao sugerir o reassentamento forçado da população de Gaza. Ela considerou a proposta uma forma de “negar a dignidade e os direitos dos palestinos”, gerando um grande debate interno sobre a ética das políticas de imigração e os direitos humanos.

A rejeição não se limita aos países árabes ou à oposição política nos EUA, mas também envolve os próprios palestinos e líderes judaicos. Para muitos líderes palestinos, a proposta de Trump representa uma tentativa de negar a identidade e a autodeterminação do povo palestino, algo que já ocorre há décadas. Eles denunciam que essa sugestão é uma tentativa de “apagamento cultural” e de transferir uma população em fuga para longe de sua terra natal.

O líder palestino Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, foi um dos que condenou duramente a proposta. Abbas afirmou que o plano de Trump só aumentaria a “fragmentação” da Palestina e enfraqueceria ainda mais as chances de uma paz verdadeira entre palestinos e israelenses. Para ele, os direitos dos palestinos não são mercadoria e qualquer acordo que envolva compromissos forçados resultará em mais sofrimento e perda de identidade.

Do lado israelense, a proposta também não recebeu unanimidade. Embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha inicialmente se mostrado favorável à ideia, considerando-a como uma solução para uma região que ele considera instável, alguns líderes judaicos em Israel e ao redor do mundo expressaram preocupações. Eles destacaram que a realocação forçada poderia ser vista como uma violaçãp de direitos humanos, algo que não é compatível com os princípios democráticos de Israel.

A comunidade internacional também tem se manifestado. Diversos líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, se mostraram preocupados com o impacto humanitário de uma tal proposta, considerando-a não apenas uma violação dos direitos palestinos, mas também uma ação que poderia desestabilizar ainda mais a região, aumentando o número de refugiados e criando mais tensões.

Do lado das Nações Unidas, a proposta de Trump gerou um descontentamento generalizado. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que uma solução pacífica para o conflito entre Israel e Palestina deve ser alcançada de forma diplomática e com respeito aos direitos humanos. Ele também alertou sobre o risco de mais violência e radicalização, caso a ideia fosse levada adiante sem um consenso internacional.

Em meio a tantas reações, uma interrogação paira sobre o futuro da região. A solução de dois Estados, embora defendida por muitos países e entidades internacionais, ainda parece estar longe de se concretizar, com ambos os lados – palestinos e israelenses – enfrentando desafios monumentais para alcançar uma paz duradoura.

Enquanto isso, as pessoas de Gaza, que já enfrentam uma realidade marcada pela violência, escassez de recursos e uma ocupação prolongada, continuam a viver sob a constante ameaça de expulsão forçada, enquanto o mundo observa, dividido sobre qual será o próximo passo para essa questão histórica.

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