Imagine sentir uma tontura repentina, um cansaço inexplicável ou mesmo uma forte dor de cabeça. Muitos encaram esses sintomas como um simples mal-estar passageiro, mas, em alguns casos, eles podem ser sinais de algo muito mais sério. Emergências cardíacas e neurológicas, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), podem se manifestar de forma sutil antes de atingirem seu ápice. Saber reconhecer os sinais e buscar ajuda no momento certo pode ser a diferença entre a vida e a morte.
O perigo pode estar disfarçado de algo comum
Nos dias de calor intenso, festas e consumo exagerado de álcool, o corpo sofre com desidratação, queda de pressão e exaustão. Porém, em determinadas situações, o que parece ser uma ressaca ou fadiga pode indicar um problema grave. As doenças cardíacas lideram as causas de morte no mundo, seguidas pelo AVC, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Identificar os primeiros sinais pode prevenir sequelas irreversíveis e até evitar o óbito.
O cardiologista Gustavo Lenci, do Hospital São Marcelino Champagnat, alerta que a rapidez no atendimento é essencial. “A dor no peito nunca deve ser ignorada. Se surgir de repente, irradiar para o braço ou vier acompanhada de falta de ar, sudorese e tontura, pode ser um infarto. Na dúvida, procure atendimento imediatamente”, enfatiza.
Como diferenciar um sintoma passageiro de algo mais grave?
A neurologista Jamileh Chamma explica que a palavra-chave em emergências neurológicas é “súbito”. “Se os sintomas surgirem de forma abrupta, como perda de força em um lado do corpo, alterações na fala, visão turva ou tontura intensa, é preciso buscar ajuda urgente”, diz.
Além disso, sintomas que pioram rapidamente ou que não desaparecem com repouso podem indicar algo mais sério. Alguns sinais de alerta incluem:
- Dores de cabeça muito intensas e súbitas – podem indicar um AVC hemorrágico.
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros dizem – um sintoma clássico de AVC isquêmico.
- Perda de consciência, mesmo que por alguns segundos – pode ser um sinal de distúrbio cardíaco ou neurológico.
- Inchaço nos pés e pernas, acompanhado de falta de ar – pode indicar insuficiência cardíaca.
- Palpitações ou sensação de coração acelerado sem motivo aparente – pode ser sinal de arritmia.
- Dor no peito que se espalha para ombros, braço esquerdo ou mandíbula – pode ser um alerta para infarto.
- Tontura intensa ou vertigem sem explicação aparente – pode indicar um problema neurológico grave.
O que fazer diante desses sinais?
Se qualquer um desses sintomas aparecer de forma intensa e repentina, o mais importante é procurar atendimento médico o mais rápido possível. O tempo de resposta em casos de infarto e AVC pode definir se o paciente terá sequelas ou não. No caso do AVC, por exemplo, existe uma janela de até 4h30 para que o tratamento seja eficaz e minimize os danos cerebrais. Já em infartos, cada minuto sem atendimento pode aumentar os danos ao coração.
“Procurar um pronto atendimento é sempre a melhor decisão. Mesmo que os sintomas pareçam melhorar, isso não significa que o problema foi resolvido. O corpo pode estar dando sinais de algo mais grave que está por vir”, reforça Jamileh.
Como prevenir?
Muitas dessas emergências podem ser evitadas com hábitos saudáveis. Controlar a pressão arterial, evitar consumo excessivo de álcool, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e dormir bem são fundamentais para manter o coração e o cérebro saudáveis.
Além disso, ficar atento aos sinais do corpo e não ignorar sintomas persistentes ou incomuns pode salvar vidas. Ao menor sinal de alerta, não hesite: procure ajuda médica.
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