Mato Grosso do Sul, 2 de julho de 2025
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Refinaria do Crime: Polícia Desmantela Quadrilha e Apreende R$ 3 Milhões em Campo Grande

Seis presos, armas escondidas em tubos de PVC e carros de luxo: os bastidores do tráfico que movimentava fortunas sem trabalho lícito

Uma operação cinematográfica da polícia de Campo Grande revelou uma facção criminosa que refinava cocaína e movimentava quantias milionárias sem qualquer justificativa legal. O esquema envolvia tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e, possivelmente, execuções brutais na cidade.

A ação, coordenada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) com apoio da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), resultou na prisão de seis suspeitos, além da apreensão de uma verdadeira fortuna do crime: drogas, 14 armas de fogo e veículos de luxo, incluindo um Porsche e uma Hilux.

Rastros de sangue e dinheiro sujo

A investigação começou em dezembro de 2024, quando um homem foi preso e, sem querer, entregou toda a estrutura da quadrilha. A análise do seu histórico financeiro e comunicações revelou um esquema gigantesco de tráfico e lavagem de dinheiro. Os criminosos traziam cocaína de Corumbá, refinavam em Campo Grande e “esquentavam” os lucros com a compra de bens de alto valor.

Segundo o delegado Pedro Henrique Pillar, os envolvidos levavam uma vida incompatível com suas declarações de renda. “A pessoa alega ganhar salário mínimo, mas movimenta entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões? Isso não bate”, afirmou.

A polícia descobriu que as armas eram escondidas de forma estratégica, dentro de tubos de PVC, para dificultar a localização. Algumas delas podem ter sido usadas em recentes execuções na cidade, resultado da violenta guerra entre facções pelo controle do tráfico.

Execuções brutais e guerra pelo poder

As investigações ligam a quadrilha a uma série de homicídios registrados na cidade. Só em janeiro de 2025, Mato Grosso do Sul contabilizou 41 assassinatos, e os primeiros dias de fevereiro já começaram sangrentos.

Um dos casos mais chocantes foi o assassinato de Elpídio da Silva Santos, de 35 anos, apontado como chefe do tráfico na Vila Nhanhá. Ele foi executado com 14 tiros no rosto e no peito, em plena luz do dia, no último domingo (2). O crime aconteceu no mesmo local onde outro homem havia sido morto semanas antes, evidenciando a disputa brutal pelo domínio do tráfico.

A polícia segue investigando para identificar outros integrantes da organização criminosa e suas conexões com os homicídios na Capital. O que já se sabe é que a quadrilha mantinha um esquema bem estruturado, que agora começa a desmoronar diante das evidências encontradas.

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