Mato Grosso do Sul, 14 de junho de 2025
Campo Grande/MS
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Safra recorde de grãos impulsiona produção agrícola e confirma Brasil como potência mundial no campo

Com produtividade elevada e clima favorável, país deve colher 336,1 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, o maior volume da história
Imagem - Heroscreen
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A agricultura brasileira caminha para mais um marco histórico. Segundo o mais recente levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos e fibras no ciclo 2024/2025 deverá atingir a marca recorde de 336,1 milhões de toneladas. Caso essa previsão se confirme, o crescimento será de 13% em relação à safra anterior, o que representa um acréscimo expressivo de 38,6 milhões de toneladas no total colhido.

O avanço é resultado direto de uma combinação de fatores positivos, que incluem aumento da área plantada, manejo mais eficiente das lavouras, investimento em tecnologia e, principalmente, condições climáticas favoráveis durante o desenvolvimento das principais culturas. A média de produtividade estimada pela Conab é de 4.108 quilos por hectare, enquanto a área plantada cresceu para 81,8 milhões de hectares, o que equivale a um aumento de 2,3% em comparação com o ciclo anterior.

A cultura da soja lidera o volume colhido e já tem colheita concluída. A produção foi estimada em 169,6 milhões de toneladas, um recorde absoluto na série histórica da Conab. Esse desempenho representa um salto de 21,9 milhões de toneladas frente à safra 2023/2024. A produtividade surpreendeu positivamente em diversos estados, sobretudo no Centro-Oeste e no Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), graças a um regime de chuvas mais regular e bem distribuído ao longo da safra.

Outro destaque do período é o milho, cuja segunda safra, também conhecida como “safrinha”, responde pela maior parte da produção do cereal no país. A expectativa é de que a colheita total de milho atinja 128,3 milhões de toneladas, sendo 101 milhões apenas na segunda safra, com um crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A colheita do milho já teve início nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão, regiões onde o desempenho das lavouras foi impulsionado tanto pelo clima quanto pelas boas práticas adotadas pelos agricultores.

O cultivo do algodão também apresentou evolução relevante. A produção prevista de pluma é de 3,9 milhões de toneladas, um aumento de 5,7% em relação à safra anterior. O bom resultado está ligado à ampliação da área plantada, que cresceu 7,1%. Ainda que as chuvas tenham sido irregulares em algumas regiões, o setor segue otimista. A colheita já começou e 1,4% da área cultivada já foi colhida.

No caso do arroz, alimento essencial na mesa do brasileiro, a estimativa de produção é de 12,15 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 14,9%. Esse aumento reflete não só a ampliação da área cultivada, como também o clima mais favorável ao cultivo, principalmente no Rio Grande do Sul, estado responsável por mais de 70% da produção nacional. A colheita no estado já está praticamente finalizada, com bons resultados em produtividade e qualidade do grão.

A cultura do feijão, distribuída em três etapas ao longo do ano, tem produção total estimada em 3,17 milhões de toneladas, quantidade considerada suficiente para atender à demanda do mercado interno. A primeira safra já rendeu 1,1 milhão de toneladas. A segunda safra está em estágio avançado, com colheita já ocorrendo nos principais estados produtores, como Paraná e Minas Gerais. A terceira safra está em fase de plantio, sendo acompanhada com atenção pelo setor.

Entre as culturas de inverno, o trigo também ganha espaço. O plantio avança gradativamente, com 42% da área estimada já semeada em nível nacional. No Paraná, principal produtor da cultura, o avanço é mais significativo, com 72% da área cultivada, dentro da média dos últimos anos. No entanto, no Rio Grande do Sul, as chuvas constantes durante o mês de maio reduziram a janela de plantio, permitindo que apenas 8% da área prevista fosse semeada até o momento.

De acordo com o presidente da Conab, Edegar Pretto, os números reforçam a força do agronegócio brasileiro, mesmo diante de adversidades pontuais. “Tivemos alguns desafios climáticos, mas o trabalho técnico e a dedicação dos produtores garantiram uma safra robusta, que consolida o Brasil como líder global na produção de alimentos”, afirmou Pretto.

A perspectiva de uma safra recorde não apenas fortalece a posição do Brasil como gigante do agronegócio, mas também tem implicações diretas na economia nacional. A geração de emprego no campo, o fortalecimento da balança comercial e a maior oferta de alimentos no mercado interno são alguns dos efeitos positivos da superprodução esperada para 2024/2025.

A pujança do campo brasileiro segue em expansão, impulsionada pela resiliência do produtor, pelo avanço tecnológico e pela capacidade de adaptação frente aos desafios climáticos e de mercado. Com planejamento, apoio técnico e políticas públicas eficientes, o setor agrícola mantém seu papel estratégico no crescimento econômico e no abastecimento alimentar global.

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