A tranquilidade da manhã desta segunda-feira, 7 de julho, foi rompida por mais um grave acidente nas rodovias de Mato Grosso do Sul. Um servidor público federal, identificado como Fábio Akio Mizote, de 50 anos, perdeu a vida após uma colisão frontal envolvendo uma camionete e uma carreta, em um trecho da BR-262 no município de Miranda, a aproximadamente 208 quilômetros de Campo Grande. O trágico episódio reacende o alerta para os riscos constantes enfrentados por motoristas que trafegam pela movimentada rodovia, que liga a capital sul-mato-grossense ao Pantanal e à região oeste do estado.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar, a equipe de socorro foi acionada por volta das 11h53 para atender a ocorrência, registrada no quilômetro 544 da BR-262, entre os conhecidos postos Arara Azul e Saramandaia. Ao chegarem ao local, os socorristas constataram que a vítima já se encontrava sem sinais vitais dentro da camionete em que viajava. O corpo foi encontrado preso às ferragens do veículo, que ficou completamente destruído após o impacto.
Fábio Mizote era lotado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e desempenhava suas funções em atividades de fiscalização e extensão rural. Bastante conhecido na região por sua atuação profissional discreta e dedicada, ele se dirigia a trabalho quando ocorreu a colisão fatal. Ainda não se sabe com precisão a dinâmica do acidente, mas testemunhas que passavam pelo local relataram que a camionete pode ter invadido parcialmente a pista contrária em um trecho de ultrapassagem, embora a hipótese de falha mecânica ou distração também esteja sendo considerada.
A carreta envolvida no acidente era conduzida por um motorista que não sofreu ferimentos graves, mas foi encaminhado para avaliação médica por precaução, além de prestar depoimento sobre o ocorrido. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada e compareceu à cena para controlar o tráfego e registrar o boletim de ocorrência. A perícia técnica também foi mobilizada para realizar os procedimentos de praxe, com o objetivo de determinar com exatidão as causas da batida.
A Polícia Civil de Miranda ficará responsável pela investigação do caso. Os agentes trabalharão com análise de vestígios deixados no asfalto, estudo das condições dos veículos e possíveis imagens de câmeras de segurança de postos de combustíveis nas proximidades. O laudo pericial deve ficar pronto nos próximos dias e será fundamental para esclarecer os fatores determinantes do acidente.
Amigos e colegas de trabalho do servidor receberam a notícia com consternação. Fábio Akio Mizote era considerado um profissional exemplar, de perfil reservado e muito respeitado pelos pares dentro do Ministério da Agricultura. Nas redes sociais, servidores públicos da área de fiscalização agropecuária e lideranças sindicais lamentaram profundamente a perda e destacaram a importância da atuação de Mizote ao longo de sua trajetória no serviço público.
O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Miranda, onde passou por exames necroscópicos antes de ser liberado à família para os atos fúnebres. Ainda não há confirmação oficial sobre o local e o horário do velório, mas a cerimônia deve ocorrer em Campo Grande, onde residem parentes e amigos próximos do servidor.
A tragédia reacende discussões sobre a segurança na BR-262, que frequentemente registra acidentes de alta gravidade. O trecho entre Miranda e Corumbá, em especial, é conhecido por apresentar tráfego pesado de veículos de carga, pistas estreitas, longas retas propícias ao excesso de velocidade e pontos sem acostamento. Autoridades de trânsito e entidades civis têm reivindicado melhorias na sinalização, ampliação de trechos duplicados e implantação de mecanismos de controle de velocidade.
Enquanto os detalhes do acidente seguem sob investigação, a dor da perda e o impacto da tragédia se espalham entre os que conviveram com Fábio Mizote. Sua morte representa não apenas o fim de uma jornada profissional marcada por compromisso com o serviço público, mas também mais uma vida interrompida de forma abrupta nas perigosas estradas brasileiras, onde o risco, muitas vezes, está à espreita a cada curva.
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