Mato Grosso do Sul, 20 de junho de 2025
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Simone Tebet defende planejamento de longo prazo em Campo Grande e alerta para transição demográfica

Ministra do Planejamento lidera seminário em Mato Grosso do Sul e afirma que Estratégia Brasil 2050 é uma missão de Estado para erradicar a pobreza e preparar o país para o envelhecimento populacional
Ministra do Planejamento participou de debate em Campo Grande (MS)
Ministra do Planejamento participou de debate em Campo Grande (MS)

“O Brasil, que é um país tão rico, não pode e não vai ter um povo tão pobre nos próximos anos. Nós não podemos falhar com a missão de cuidar do futuro muito próximo das nossas crianças, dos nossos jovens, do nosso Estado e do nosso país.” Com essas palavras, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, abriu o seminário “Diálogos para a construção da Estratégia Brasil 2050”, realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O evento marcou o encerramento da série de 16 edições regionais promovidas pela Secretaria Nacional de Planejamento, que percorreu todas as regiões do país ao longo de meses. O objetivo central da iniciativa foi colher subsídios técnicos, políticos e sociais para a formulação de uma política de Estado capaz de nortear o desenvolvimento sustentável do Brasil nos próximos 25 anos. A Estratégia Brasil 2050 não é apenas um plano de governo passageiro, mas uma diretriz nacional de longo prazo, construída de forma participativa e suprapartidária.

Segundo Simone Tebet, a Estratégia Brasil 2050 é uma resposta concreta à histórica ausência de projetos estruturantes no país, que comprometeram o pleno aproveitamento do potencial econômico e humano do Brasil ao longo das décadas. “Planejar o futuro do Brasil não é uma missão de governo. É uma missão de Estado. Essa é a carta náutica que vai guiar o país mesmo com a mudança de gestões. O Brasil precisa parar de planejar apenas ano a ano, com orçamentos anuais, e adotar uma cultura de planejamento continuado”, afirmou a ministra.

Um dos principais temas abordados por Tebet foi a transição demográfica. Segundo a ministra, o envelhecimento da população já é uma realidade irreversível. Estimativas do IBGE apontam que, até 2050, mais de 30% dos brasileiros terão mais de 60 anos. “A maior parte da população será da melhor idade. Teremos que investir em educação básica, economia do cuidado, mais enfermeiros, médicos, cuidadores sociais. Precisamos nos preparar desde agora para isso”, alertou Tebet.

Outro ponto central do seminário foi o impacto crescente da Inteligência Artificial nas relações de trabalho e no futuro da economia global. Segundo Simone Tebet, os avanços tecnológicos exigem atenção imediata, pois já modificam profundamente o modo de vida da sociedade. “Hoje, a Inteligência Artificial tem a capacidade de aprender com ela mesma e nos ensinar o que estamos prestes a perder. É urgente orientar nossos jovens sobre as profissões do futuro e preparar o Brasil para não ficar para trás nesse cenário competitivo”, destacou.

Tebet também apontou o mercado de carbono como uma oportunidade concreta de geração de riqueza para o país, principalmente no setor rural. Segundo ela, a nova legislação permitirá que pequenos produtores e agricultores familiares que preservam o meio ambiente sejam financeiramente recompensados. “Quem cuida da sua terra, quem mantém reserva legal, quem adota práticas sustentáveis, terá retorno. O Brasil pode e deve liderar a economia verde no mundo.”

A ministra ainda ressaltou a importância de enfrentar desigualdades históricas, como a diferença salarial entre homens e mulheres. Ela enfatizou que a equidade não é apenas uma questão de justiça social, mas uma oportunidade econômica. “Está comprovado que a indústria ganha, o comércio se fortalece e o país cresce quando eliminamos a desigualdade salarial.”

O evento reuniu autoridades de diferentes esferas e partidos políticos, refletindo a natureza suprapartidária da proposta. A senadora Soraya Thronicke destacou que o Brasil sempre foi considerado o país do futuro, mas alertou que esse futuro precisa começar a ser construído agora. “Precisamos trabalhar hoje, mas pensar o país para os próximos 25 anos”, defendeu.

O governador Eduardo Riedel elogiou a proposta da Estratégia Brasil 2050 como um marco para um novo modelo de governança baseado em dados, metas e indicadores. Para o deputado estadual Zeca do PT, a integração entre agronegócio e agricultura familiar com sustentabilidade é um modelo a ser ampliado nacionalmente.

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Neto, o Papy, afirmou que planejar é um dever moral com as futuras gerações. “Quem não planeja está condenando seus filhos e netos a um mundo de desigualdade e pobreza.”

A versão final da Estratégia Brasil 2050 deverá ser consolidada até o segundo semestre deste ano. Os estudos, documentos técnicos e materiais de apoio já estão disponíveis para consulta no site oficial da iniciativa, que também colheu sugestões em consulta pública nacional até o fim de maio.

Ao final do seminário, Tebet resumiu a missão em curso: erradicar a miséria, diminuir a pobreza e dar condições sociais para que os jovens brasileiros, por meio da educação, conquistem um futuro digno. “É preciso começar a preparar hoje o Brasil que queremos no futuro. E essa tarefa começa com planejamento, responsabilidade e união de todos os brasileiros.”

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