A manhã desta sexta-feira, 27 de junho, trouxe consigo um alento tímido para os preços da soja na Bolsa de Chicago, encerrando uma semana marcada por instabilidades e intensos movimentos especulativos. Por volta das 6h55 (horário de Brasília), os contratos de julho eram cotados a US$ 10,25 por bushel e os de setembro a US$ 10,13 por bushel, apresentando ganhos entre 2,75 e 4,25 pontos. Embora as altas sejam discretas, sinalizam um respiro após dias de forte oscilação.
O mercado da oleaginosa aguarda com expectativa a divulgação do novo relatório de área plantada nos Estados Unidos, prevista para a próxima segunda-feira (30) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A publicação tem potencial de provocar movimentações mais significativas, especialmente se trouxer revisões inesperadas nas estimativas de cultivo. Segundo analistas e consultores, o conteúdo do relatório poderá redefinir as estratégias dos investidores e impactar diretamente o rumo das cotações internacionais.
Até o momento, a nova safra norte-americana se desenvolve de forma estável, sem registros de eventos climáticos extremos que possam comprometer o andamento da lavoura. Esse fator contribui para conter os ânimos mais agressivos no mercado futuro. No entanto, a ausência de notícias impactantes e a indefinição em relação ao comportamento da China nas compras internacionais mantêm os operadores em posição defensiva.
A China, principal compradora da soja mundial, ainda não iniciou de forma expressiva as aquisições da nova safra americana. O país asiático mantém, por ora, sua atenção voltada ao Brasil, que continua sendo seu principal fornecedor. A demanda chinesa segue concentrada nas ofertas brasileiras, principalmente com foco nos embarques para os meses de agosto e setembro, período estratégico para o fechamento de suas coberturas comerciais.
Dentro do mercado brasileiro, os prêmios de exportação continuam firmes. Os valores têm apresentado elevação contínua, impulsionados pela procura externa, sobretudo por parte dos chineses, e pela expectativa de que o Brasil consiga consolidar sua liderança nas exportações mesmo diante de incertezas macroeconômicas.
Ainda pesam sobre o mercado internacional de grãos as variáveis geopolíticas globais, como conflitos e tensões comerciais, que interferem no comportamento das commodities. A ausência de sinais claros por parte de grandes compradores, aliada à precaução em torno dos desdobramentos econômicos e climáticos, impõe uma postura de espera e análise aos agentes do setor.
Assim, embora as movimentações observadas nesta sexta-feira revelem uma leve recuperação, o cenário permanece aberto e propenso a reviravoltas. A próxima semana poderá ser decisiva para definir os rumos da soja em Chicago, sobretudo após a publicação dos dados oficiais do USDA.
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