Mato Grosso do Sul, 6 de julho de 2025
Campo Grande/MS
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Soja sobe no Brasil com ajuda do dólar e ganha fôlego mesmo com pressão no mercado internacional

Alta da moeda americana compensou queda em Chicago e fez preços da saca avançarem em diversas regiões do país

O produtor rural brasileiro respirou um pouco mais aliviado nesta quarta-feira, depois de ver a saca da soja subir em várias regiões do país. mesmo com a desvalorização na bolsa de Chicago, a alta do dólar frente ao real acabou sustentando os preços internos e trouxe uma boa notícia para quem vive do campo. no Paraná, por exemplo, o valor médio da saca de 60 quilos chegou a R$ 116,31, representando um avanço de 0,6% em comparação ao dia anterior, segundo dados da Federação da Agricultura do Estado.

Quem explicou esse movimento foi o analista Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios. segundo ele, o mercado brasileiro da soja teve um leve respiro graças à valorização do dólar, que fechou o dia cotado a R$ 5,74, com alta de 0,62% no câmbio comercial. esse movimento ajudou a equilibrar os preços internos, mesmo com o cenário internacional pressionando negativamente.

Lá fora, o clima foi de cautela. o mercado ficou atento à decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que optou por manter as taxas de juros. segundo o presidente da instituição, Jerome Powell, a guerra comercial e as tarifas de importação promovidas pelo presidente Donald Trump seguem gerando incertezas. isso aumentou a volatilidade e travou um pouco as negociações entre Estados Unidos e China, dois gigantes no setor agrícola que influenciam diretamente no preço da soja no mundo.

A indecisão no mercado global impactou diretamente na bolsa de Chicago, principal referência internacional do grão. o contrato de soja com vencimento em julho, o mais negociado atualmente, fechou o dia em US$ 10,39 por bushel, o que representou uma leve queda de 0,19%. o contrato para agosto teve uma pequena variação negativa de 0,02%, encerrando em US$ 10,35.

Outro ponto que pesou nas cotações internacionais foi o mercado de derivados. o óleo de soja, por exemplo, teve uma queda expressiva de mais de 2% na sessão desta quarta, o que puxou o grão para baixo. mesmo assim, a valorização da moeda americana deu força ao mercado nacional.

E essa reação positiva se espalhou por várias regiões produtoras do Brasil. levantamento da Scot Consultoria apontou preços atrativos em diferentes praças: em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, a saca foi cotada a R$ 118,50. em Rio Verde, em Goiás, ficou em R$ 115. em Balsas, no Maranhão, a saca foi vendida a R$ 112. no Triângulo Mineiro, chegou a R$ 121,50. e em Dourados, no Mato Grosso do Sul, foi negociada a R$ 116.

Nos portos, que funcionam como termômetro do mercado internacional, os preços seguiram firmes. em Santos, São Paulo, a saca foi vendida a R$ 132. já no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, fechou em R$ 131,50. esses números mostram que, apesar da tensão no mercado global, a demanda continua forte e o dólar alto segue sendo um aliado importante para o produtor brasileiro.

No cenário geral, o mercado segue de olho nos próximos passos das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. qualquer avanço pode mexer bastante com os preços nos próximos dias. por enquanto, o produtor brasileiro vai aproveitando esse alívio nos preços internos para planejar suas vendas, de olho nas margens e no calendário da próxima safra.

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