Mato Grosso do Sul e outros 10 Estados da Federação estão na mira da Polícia Federal, em combate a quadrilha que, durante três anos, transportou seis toneladas de cocaína em um esquema envolvendo empresas de fachada, doleiros e laranjas, suspeita de “alimentar” a América Central.
Operações nacionais, a Sordidum e Prime tem o mesmo objetivo: combate a organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas e armas.
Além disso, os investigados são suspeitos de incorrer em uma série de outros crimes, como evasão de divisas, tortura, falsificação de documentos públicos e mais, devido às práticas que ligavam essa “teia criminosa”.
Segundo a Polícia Federal, além de Mato Grosso do Sul, os mandados são cumpridos em:
- Alagoas,
- Bahia,
- Goiás,
- Mato Grosso,
- Pará,
- Paraná,
- Rio de Janeiro,
- Santa Catarina,
- Paraíba e
- São Paulo
Sem que a Polícia Federal especifique os alvos, os mandados em Mato Grosso do Sul, conforme apuração de portais locais, concentram-se em pontos conhecidos como rota do tráfico, como os municípios de Dourados e Ponta Porã.
Ao todo, foram empenhados 273 policiais federais para o cumprimento de 64 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão preventiva, 11 mandados de prisão temporária, sequestro de cerca de 90 imóveis identificados e bloqueio de bens e valores em desfavor de cerca de 80 pessoas e empresas envolvidas.
Imagens mostram a PF saindo do Porto Unique, na região norte de Dourados, onde cumpriram mandados em uma residência. Ainda não há detalhes de itens apreendidos, mas a PF divulgou fotos de relógios, joias, carros e maços de dinheiro.
Conforme lista a PF, são 64 mandados de busca e apreensão, mais 25 de prisão preventiva, 11 para encarceramento temporário, além do bloqueio de bens e valores mirando ao menos 80 pessoas e empresas envolvidas, bem como sequestro de cerca de 90 imóveis identificados.
Esquema
Ainda conforme a Polícia Federal, as ações criminosas pelos 11 Estados eram favorecidas por um emaranhado de ligações pessoais.
A PF aponta a utilização de doleiros atuantes na fronteira do Brasil com países vizinhos, citada também que algumas empresas de fachada foram criadas, bem como negócios dissimulados e pessoas interpostas, com intuito tanto para movimentar quanto mascarar os valores e bens adquiridos pelo grupo.