Mato Grosso do Sul, 15 de maio de 2025
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Suinocultura transforma Mato Grosso do Sul em polo nacional de tecnologia e desenvolvimento agroindustrial

Com quase 300 granjas e produção tecnológica, setor impulsiona economia, atrai investimentos e projeta crescimento contínuo até 2025
Criadores de suínos estão otimistas com mercado — Foto: Reprodução/TV TEM
Criadores de suínos estão otimistas com mercado — Foto: Reprodução/TV TEM

Com raízes firmes na terra fértil do Centro-Oeste brasileiro, a suinocultura tem florescido como uma das forças econômicas mais expressivas de Mato Grosso do Sul. Hoje, com quase 300 granjas espalhadas por diferentes regiões do Estado, a atividade movimenta milhares de empregos, promove o desenvolvimento regional e desponta como referência nacional em tecnologia de produção.

Durante o 7º Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura de Mato Grosso do Sul, realizado pela Asumas em Dourados, os números revelaram a magnitude desse setor. São mais de 119 mil matrizes em produção, com mais de 3,39 milhões de suínos abatidos somente em 2024. O volume transformou-se em 315 mil toneladas de carne suína, movimentando 129 empresas e gerando cerca de 32 mil empregos diretos. A projeção de crescimento para 2025 já aponta para uma elevação de 10% na produção.

Um dos pontos altos do evento foi a participação do secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, que apresentou um panorama sobre as oportunidades da agropecuária no Estado. Segundo ele, o diferencial competitivo da suinocultura sul-mato-grossense está na integração entre campo e indústria, na segurança oferecida aos investidores e na adoção de tecnologias sustentáveis.

“A suinocultura promove um robusto desenvolvimento econômico local e regional. É uma alternativa viável especialmente para pequenas propriedades, e ainda agrega segurança ao investimento, gera empregos e ativa a cadeia de fornecimento de insumos para a indústria e para as fazendas”, explicou Beretta.

Embora o setor esteja em franca expansão, os desafios não são ignorados. O secretário reconheceu que os pequenos produtores enfrentam barreiras ambientais e econômicas, além de um cenário dinâmico e muitas vezes imprevisível. Em resposta, o Governo do Estado tem reforçado as políticas de biossegurança. “Hoje, a preocupação com a sanidade animal é central. A Iagro realiza visitas às propriedades, fiscaliza medidas sanitárias e antecipa possíveis riscos à cadeia produtiva”, ressaltou.

A distribuição geográfica da suinocultura também evidencia sua força. Os polos produtivos se concentram tanto no sul quanto no norte do Estado, com destaque para municípios como São Gabriel do Oeste e Dourados. Este último abriga a unidade da Seara, que recentemente duplicou sua capacidade de abate, passando de 5 mil para 10 mil suínos por dia. Somente esta planta industrial emprega mais de 8 mil trabalhadores.

“Hoje, cerca de um milhão de suínos são abatidos por ano no Estado, e os investimentos continuam chegando. A cadeia se fortalece com incentivos como o programa Leitão Vida, que agora premia práticas mais sustentáveis”, afirmou Beretta.

Renato Spera, presidente da Asumas, celebrou o momento vivido pelo setor. “A suinocultura sul-mato-grossense está madura, organizada e pronta para novos saltos. Trabalhamos lado a lado com os produtores para fortalecer a representação e resolver os desafios com eficiência e diálogo.”

Entre os temas discutidos no fórum, destacou-se também a inovação no uso de resíduos da produção. Os dejetos dos suínos, que antes representavam um passivo ambiental, agora são insumos para a geração de biogás e biometano. “O que antes era um problema, hoje é uma oportunidade”, destacou Beretta. O biometano pode ser utilizado como combustível veicular, fonte de energia elétrica ou gás doméstico, criando uma nova fonte de renda para os produtores e reduzindo impactos ambientais.

Ao concluir sua participação, Beretta reafirmou o protagonismo do Mato Grosso do Sul na suinocultura brasileira. “Estamos entre os líderes nacionais em produtividade e eficiência. Nossa tecnologia de abate e transformação é de ponta, como exemplifica a planta de Dourados, referência em linguiça calabresa, presunto e bacon.”

O cenário traçado no 7º Fórum reforça que a suinocultura de Mato Grosso do Sul não apenas alimenta o país, mas também gera energia, movimenta a economia e projeta o Estado no cenário agroindustrial nacional com vigor, tecnologia e sustentabilidade.

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