A manhã desta terça-feira foi marcada por um avanço significativo nas investigações do homicídio que abalou os moradores do Bairro Tiradentes, em Campo Grande. A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu o principal suspeito de assassinar Antônio Ricardo Silva de Jesus Honório, de apenas 20 anos, alvejado com 12 disparos de arma de fogo. O crime, que chocou a vizinhança pela brutalidade, ocorreu na madrugada do dia 12 de maio, em frente a uma residência na Rua da Flauta.
O suspeito, cuja identidade ainda não foi divulgada pelas autoridades, foi localizado por equipes da DHPP em sua casa no Jardim Samambaia, também na capital sul-mato-grossense. Contra ele, já havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Segundo o delegado Rodolfo Daltro, responsável pelo caso, o homem já era investigado por envolvimento com o tráfico de drogas fator que reforça a principal linha de investigação: de que a execução estaria diretamente ligada a conflitos no submundo do crime.
De acordo com a apuração, Antônio Ricardo foi atingido à queima-roupa, sem qualquer chance de defesa. Testemunhas relataram que ele estava parado em frente a uma casa quando o atirador se aproximou e efetuou uma sequência rápida e precisa de 12 disparos. Mesmo com a tentativa de socorro por parte de vizinhos, que o levaram até a unidade de saúde do Bairro Tiradentes, o jovem já chegou ao local sem vida.
Desde o dia do crime, a polícia vem enfrentando dificuldades para avançar nas investigações, sobretudo pela ausência de testemunhas dispostas a colaborar. O medo impera entre os moradores, o que dificultou os primeiros desdobramentos do inquérito. A cena do crime, no entanto, não deixou dúvidas para os peritos: não houve subtração de bens, o que indica que o objetivo era exclusivamente a execução da vítima.
Antônio Ricardo possuía uma longa ficha criminal, com mais de 25 registros por crimes como roubo, tráfico de drogas, receptação, furto, dano ao patrimônio e adulteração de sinais identificadores de veículos. Em 2024, foi denunciado por envolvimento no roubo de um Honda City, quando, junto a comparsas, sequestrou uma vítima, circulou com ela pela cidade e a abandonou na estrada rumo a Três Lagoas.
Apesar do histórico criminal, familiares afirmam que o jovem estava tentando mudar de vida. Entretanto, conforme informações colhidas pela DHPP, ele ainda mantinha vínculos com indivíduos ligados ao tráfico de entorpecentes, o que pode ter motivado o ataque possivelmente como represália ou acerto de contas em disputas entre facções criminosas.
Após a prisão, o suspeito foi levado à sede da DHPP, onde será formalmente interrogado. Como se trata de mandado de prisão temporária, ele será encaminhado ainda hoje a uma unidade prisional da capital. A polícia agora concentra esforços na identificação de possíveis cúmplices e na elucidação completa do contexto do crime.
O caso reacende o alerta para o avanço da violência urbana em Campo Grande e o domínio crescente do tráfico de drogas em regiões periféricas. A Polícia Civil reforça o apelo para que qualquer informação relevante seja repassada de forma anônima à DHPP, garantindo o sigilo dos denunciantes.
Enquanto isso, a comunidade do Bairro Tiradentes, ainda abalada, aguarda que a Justiça cumpra seu papel e que a morte de Antônio Ricardo não se torne apenas mais um número nas estatísticas da violência juvenil.
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