Em meio a um cenário político em ebulição e especulações que têm tomado conta dos bastidores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), colocou ponto final em rumores que o colocavam como candidato à Presidência da República em uma chapa com Michelle Bolsonaro (PL) como vice. Em entrevista concedida nesta terça-feira, 17 de junho, durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), realizada em Presidente Prudente, no interior paulista, Tarcísio reafirmou com convicção que pretende disputar a reeleição no estado, descartando qualquer pretensão de concorrer ao Planalto em 2026.
Nas últimas semanas, a movimentação de possíveis alianças políticas em torno da eleição presidencial ganhou força, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi apontada por alguns setores como uma possível vice de Tarcísio, estratégia que, segundo analistas, poderia ampliar a base bolsonarista e fortalecer a candidatura do governador no âmbito nacional. Contudo, a declaração direta de Tarcísio reafirmando que não será candidato à Presidência e que seu foco permanece nas eleições estaduais reforça a decisão de priorizar a gestão em São Paulo.
A decisão de Tarcísio de Freitas ocorre em meio a um ambiente de pressão política, sobretudo após o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que renovou discussões sobre o cenário eleitoral e possíveis articulações no campo bolsonarista. Embora aliados de Bolsonaro considerem a condenação “precificada”, o avanço da ação penal tem levado o ex-presidente a buscar um nome viável para a disputa presidencial de 2026, capaz de pautar temas sensíveis como o indulto em seu favor.
A hipótese da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como vice na chapa presidencial seria um componente estratégico, já que, segundo interlocutores próximos ao governador, tal composição ampliaria a pressão sobre Tarcísio para que ele defendesse o indulto a Bolsonaro, caso este venha a ser condenado. Além disso, Michelle tem apelo significativo junto ao eleitorado bolsonarista, que poderia mobilizar grandes multidões em prol da candidatura.
Nos bastidores, integrantes do círculo próximo ao governador destacam a lealdade e a fidelidade de Tarcísio a Jair Bolsonaro. De acordo com esses interlocutores, o governador paulista está comprometido em apoiar integralmente o ex-presidente nas decisões relativas a 2026, apesar de seu afastamento da disputa presidencial.
A recusa de Tarcísio em compor uma chapa presidencial com Michelle Bolsonaro ou disputar o Planalto parece pautada por uma análise estratégica e pragmática, visando garantir a continuidade de seu projeto político no estado de São Paulo. Essa decisão indica um foco claro na gestão estadual e no fortalecimento de sua imagem local, evitando as turbulências e incertezas de uma eleição nacional.
Além disso, o posicionamento público do governador resguarda sua base eleitoral e preserva sua autonomia política, ao mesmo tempo em que mantém uma relação respeitosa e alinhada com Jair Bolsonaro, sem se envolver diretamente nas articulações que permeiam o cenário federal.
A declaração de Tarcísio fortalece a perspectiva de que o pleito estadual de 2026 contará com sua participação ativa, consolidando sua candidatura à reeleição e afastando especulações que vinham movimentando o tabuleiro político em São Paulo e no país.
Assim, o governador demonstra, por ora, que sua prioridade é o Estado de São Paulo, onde buscará renovar sua administração e ampliar suas bases de apoio, deixando claro que a corrida presidencial ficará para outro momento, ao menos neste ciclo eleitoral.
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